É comum que crianças pequenas se batam durante uma crise de frustração, e isso pode preocupar pais e cuidadores. Mas, na maioria das vezes, quando seu filho se bate não é um sinal de algo grave, é apenas uma forma limitada de lidar com emoções fortes.
Ainda sem saber colocar em palavras o que sentem, as crianças pequenas usam o próprio corpo para demonstrar desconforto, raiva ou até cansaço. Compreender esse comportamento é o primeiro passo para acolher a criança e ajudá-la a desenvolver formas mais saudáveis de se comunicar e se expressar, segundo a Parents.
O que leva uma criança a se bater?
Nos primeiros anos de vida, o cérebro ainda está aprendendo a lidar com emoções intensas. Quando a criança se frustra e não sabe como expressar isso, ela pode acabar reagindo de forma impulsiva, como gritar, puxar os próprios cabelos ou se bater.
Esse comportamento também pode aparecer em momentos de dor, sono, fome ou sobrecarga sensorial. Como não conseguem dizer exatamente o que sentem, acabam reagindo com o corpo.
Como ajudar nesses momentos?
Acolher, nomear o sentimento e redirecionar são atitudes que funcionam muito melhor do que punições. Dizer frases como “eu entendo que você está bravo” ajuda o seu filho a se sentir compreendido e seguro.
Oferecer outras formas de extravasar, como apertar um bichinho de pelúcia ou bater o pé no chão, pode contribuir. O importante é ensinar aos poucos que há jeitos mais saudáveis de lidar com a raiva e que não irão feri-lo.
Sinais de alerta: o que observar?
É esperado que crianças pequenas se expressem de forma física, por ainda não saberem comunicar exatamente aquilo que estão sentindo. Mas é importante que você fique atento à frequência, a intensidade e ao contexto em que essas reações acontecem.
Por exemplo, se a criança se bate ou se agride várias vezes ao dia, mesmo em situações simples, como quando um brinquedo cai no chão, ao ser contrariada ou ao não conseguir colocar o sapato sozinha, isso pode indicar dificuldade de regulação emocional além do esperado para a idade.
Outro ponto de atenção é o nível de força com que ela se machuca. Se ela bate a cabeça com força no chão, se arranha, se dá tapas que deixam marcas ou hematomas, ou se tenta morder o próprio braço, é essencial intervir com cuidado e observar se isso se repete com frequência.
Também vale observar quando esse comportamento aparece fora de momentos de frustração, como durante brincadeiras calmas ou aparentemente sem motivo. Isso pode indicar que há um desconforto interno que a criança não consegue expressar de outra forma.
Quando você deve procurar ajuda profissional?
Se os episódios de agressão se tornarem frequentes, intensos ou começarem a interferir na rotina do seu filho, é hora de buscar um apoio profissional. Um pediatra ou psicólogo infantil pode ajudar a entender melhor o que está acontecendo por trás do comportamento.
Também é importante procurar ajuda se houver sinais de atraso no desenvolvimento, dificuldades de linguagem e interação social. Quanto mais cedo o cuidado, maiores as chances de evolução positiva rápida.







