Quando as luzes se apagam, o quarto escuro pode se transformar em muitas coisas para as crianças. Os pesadelos fazem parte da infância e podem afetar significativamente a qualidade do sono e provocar sentimentos intensos de medo.
A neuropsicóloga Deborah Moss, especialista em comportamento infantil, explica que os sonhos ruins tendem a surgir entre os 3 e 6 anos — fase marcada por uma imaginação fértil e pela dificuldade em distinguir o que é real do que é fantasioso. A informação foi publicada pela Pais & Filhos, que destacou o impacto emocional dos pesadelos.
Depois do sonho ruim, o medo ainda fica
Quando a criança acorda assustada depois de um pesadelo, o medo não vai embora tão rápido. Mesmo com a luz acesa e os pais por perto, ela pode continuar se sentindo insegura e confusa. Nessa hora, o que mais ajuda é o acolhimento: um abraço, palavras calmas e atenção ao que ela está sentindo. Ignorar ou minimizar o medo, não resolve e pode até deixar o seu filho mais ansioso. O carinho e a escuta são fundamentais para que ele volte a se sentir seguro e consiga dormir de novo.
Escutar e estar perto
O acolhimento começa com a escuta ativa. Permitir que a criança fale sobre o que sonhou, sem julgamentos ou correções, é uma forma de validar seus sentimentos. Frases como “foi só um sonho” podem parecer inofensivas, mas não ajudam a criança a elaborar o que sentiu. O que conforta é a presença afetuosa e a segurança emocional.

Crie um ambiente seguro
Ter uma rotina tranquila antes de dormir ajuda muito. Atividades calmas, como tomar banho, ouvir uma história leve ou conversar com quem cuida, deixam a criança mais relaxada. Um quarto com luz suave e sem barulho também faz diferença. Tudo isso ajuda a diminuir a ansiedade e facilita um sono mais seguro e tranquilo.
Quando buscar ajuda profissional?
Se os pesadelos forem muito frequentes ou começarem a atrapalhar o dia a dia da criança, pode ser importante buscar a ajuda de um psicólogo. Ter alguém especializado para conversar e entender o que está por trás desses sonhos pode trazer alívio e segurança. O carinho dos pais é essencial, mas em alguns casos, contar com esse apoio profissional é uma forma de cuidar ainda mais do bem-estar emocional deles.






