Você sabia que crianças com superdotação podem apresentar diferentes tipos de comportamento? Esses padrões, inclusive, já foram estudados por especialistas.
De acordo com a psicóloga americana Maureen Neihart, existem cinco arquétipos principais que ajudam a entender como as crianças com altas habilidades pensam e agem.
Porém, é importante lembrar que esses perfis não são necessariamente fixos. Eles são apenas pontos de partida que guiam os pais e especialistas para analisarem o comportamento de uma pessoa superdotada.
A partir disso, deve-se trabalhar de maneira individualizada com cada criança.
Logo abaixo, você confere os cinco tipos de superdotação, explicados pela psicopedagoga Denise Rodrigues em entrevista para a Pais&Filhos.
Bem-sucedido
Esse é o tipo de pessoa com superdotação que costuma ser elogiada por pais e professores. A criança tira boas notas, se destaca na escola e, muitas vezes, é até o ‘exemplo da turma’.
Isso porque ela já entendeu como funciona o sistema em que está inserida e se adapta bem a ele. No entanto, Denise alerta que esse perfil também pode ter dificuldades para se impor e tomar iniciativa em certos casos.
Desistente
Ao contrário do exemplo anterior, o desistente não se adapta bem às regras e ao sistema. Ele sente que não é compreendido e pode se frustrar com atividades repetitivas que não estimulam seu potencial.
Assim, quando esse sentimento de inadequação permanece por muito tempo, pode até levar o aluno com superdotação a perder o interesse pelos estudos. Em casos mais sérios, a criança pode até desistir da escola.
Desafiador
O desafiador é o tipo de aluno que é bastante questionador e não aceita regras por tabela. Além disso, essa criança tende a conversar de igual para igual com adultos.
Ela também tem um senso de justiça bastante aguçado e se sente incomodada com situações que considera erradas.
Subterrâneo
Esse arquétipo se manifesta frequentemente em meninas com superdotação, que sentem que precisam esconder suas habilidades dos outros.
Essas crianças não querem se destacar, então elas evitam chamar a atenção e buscam se encaixar no grupo. Isso também significa que abrem mão de mostrar seu verdadeiro potencial.
Aprendiz autônomo
Por fim, o aprendiz autônomo é aquele que aprende a usar o sistema a seu favor. Ele entende qual é a melhor forma de se relacionar com os colegas.
Denise aponta que esse é o perfil de superdotação mais saudável do ponto de vista socioemocional.
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