Você já ouviu falar em parentalidade autoritativa?
O termo pode parecer difícil, mas sua aplicação é bem simples. Na verdade, a maneira de educar os filhos pode até ser comparada a Cachinhos Dourados.
Na história clássica e infantil, a menina experimenta três tigelas de mingau; uma estava muito quente, outra muito fria e, a última, estava “na medida certa”.
Essa metáfora se encaixa perfeitamente no universo da parentalidade: há pais que adotam uma postura extremamente rígida, acreditando que a disciplina severa formará crianças obedientes e responsáveis; e há os que preferem o extremo oposto, priorizando tanto o afeto e o conforto que evitam impor limites.
Entre esses dois polos existe o ponto de equilíbrio — o “mingau na temperatura certa” — representado pela parentalidade autoritativa, termo usado por psicólogos para descrever o estilo que combina carinho e firmeza.
Nesse sentido, pais autoritativos conseguem dosar estrutura e acolhimento, oferecendo regras claras sem deixar de lado a escuta e o afeto.
Eles servem de modelo para um comportamento racional e empático, mostrando às crianças como lidar com emoções e responsabilidades de forma saudável.
Claro, manter esse equilíbrio no dia a dia familiar nem sempre é simples.
Afinal, criar filhos exige paciência e autoconhecimento. Mas pequenas mudanças nas atitudes e na comunicação podem aproximar qualquer pai ou mãe desse estilo, um dos mais eficazes na criação de adultos seguros, empáticos e felizes.
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Os 4 estilos de parentalidade
Na década de 1970, a psicóloga Diana Baumrind identificou quatro estilos parentais principais, de acordo com as expectativas dos pais em relação aos filhos (exigência) e a atenção às suas necessidades (responsividade).
- Autoritário : Altamente exigente e pouco receptivo.
- Permissivo : Minimamente exigente e altamente receptivo
- Autoridade: Altamente exigente e altamente receptivo.
- Negligente : Pouco exigente e pouco receptivo.
O que é a parentalidade autoritativa?
Segundo a Parents, quando pensamos em “como educar nossos filhos de modo correto”, muitas vezes nos vêem à mente duas extremidades: ou um estilo rígido, de “faça do meu jeito porque sim e ponto final”, ou uma postura excessivamente permissiva, onde quase tudo é permitido em nome do carinho.
No entanto, a abordagem chamada de parentalidade autoritativa surge como um caminho intermediário ou melhor: equilibrado. Já que esse estilo combina carinho e atenção com regras e expectativas claras.
Pais que adotam esse estilo valorizam a comunicação, explicam as regras e consequências, escutam os filhos e lhes dão espaço para participar das decisões quando apropriado, sempre deixando claro que os pais têm a palavra final.
Parentalidade autoritativa vs. parentalidade autoritária
Normalmente, costuma haver confusão entre os termos “autoritativo” e “autoritário”, mas vale aqui destacar a diferença entre ambos:
No estilo autoritário, há alta exigência, regras rígidas e pouca abertura ao diálogo ou à escuta das necessidades da criança. O foco é sempre a obediência.
Já no estilo autoritativo, por outro lado, apesar da exigência existir (há regras, limites, expectativas), também há alta responsividade, os pais escutam, explicam, dialogam e respeitam a individualidade da criança. Ou seja, ambos estilo estabelecem limites, mas o como e o porquê são totalmente diferentes.
Principais características de pais autoritativos
- Estabelecem regras claras quanto à saúde, educação, segurança e comportamento, mas não com imposições irracionais ou inflexíveis.
- Aplicam consequências para comportamentos inadequados, mas fazem isso com calma, explicando o motivo, e não apenas punindo.
- Demonstram empatia, carinho, gentileza e respeito para com os filhos, priorizando a consideração em vez da autoridade pura.
- Incentivam a participação das crianças em decisões familiares (quando apropriado) e explicam o “por que” das regras, porém mantêm a palavra final.
- Incentivam seus filhos a tentarem coisas novas, a saírem da zona de conforto, mas sem estabelecer a “perfeição” como meta final.
- Permitem falhas e oferecem apoio, em vez de “se vingar” ou “desistir”.
- Assumem o papel de guia mais do que de chefe ou de “só um amigo”.
Por que esse estilo é visto como “o melhor jeito” de criar filhos?
Criar um filho em um ambiente onde há regras claras, expectativas realistas e acolhimento emocional é como oferecer a ele um mapa seguro para crescer. A criança entende: “existem limites, mas também existe alguém ao meu lado”.
Esse equilíbrio faz com que ela aprenda, desde cedo, a ser responsável por suas escolhas e a lidar com as consequências de forma madura.
Pais autoritativos não tentam eliminar todos os desafios da vida dos filhos, nem recorrem a punições severas diante de cada erro.
Em vez disso, mostram que o erro é parte do aprendizado. Eles orientam, apoiam e ensinam a levantar após cada queda; um processo essencial para desenvolver resiliência, ou seja, a capacidade de enfrentar e superar dificuldades.
Em lares onde os limites são colocados com respeito e empatia, o clima familiar se torna mais leve e colaborativo. As discussões e rivalidades diminuem, porque as crianças percebem que têm voz, mas também compreendem que nem sempre terão a última palavra. O resultado é um ambiente onde prevalece o diálogo e a cooperação.
Além disso, diversas pesquisas comprovam: crianças criadas nesse tipo de ambiente têm mais autoconfiança, autocontrole, habilidades sociais e desempenho escolar superior.
Em outras palavras, a parentalidade autoritativa é o melhor dos dois mundos, já une a firmeza com o afeto, formando adultos prontos para o mundo.
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