O uso de celular por crianças antes dos 13 anos pode afetar negativamente o bem-estar emocional e psicológico, revelou um novo estudo publicado pela CNN Brasil. De acordo com os pesquisadores, quanto mais cedo ocorre o contato com o aparelho, maior é a probabilidade de impactos na saúde mental durante a adolescência e na vida adulta.
Além disso, o levantamento envolveu dados de quase dois milhões de pessoas em 163 países, mostrando uma forte correlação entre o uso precoce de celular e sintomas como ansiedade, solidão e baixa autoestima. O estudo alerta que o acesso antecipado à tecnologia pode interferir na formação emocional das crianças e adolescentes.
Celular e saúde mental: o que o estudo revela?
Segundo a pesquisa publicada na Journal of Human Development and Capabilities, crianças que ganharam o primeiro celular antes dos 13 anos apresentaram índices mais baixos de autoestima e bem-estar. Além disso, relataram maior dificuldade de concentração e tendência ao isolamento social.
Por outro lado, os jovens que começaram a usar o aparelho mais tarde mostraram melhor equilíbrio emocional e maior satisfação com a vida. Dessa forma, o estudo sugere que adiar o uso do celular pode ser uma medida simples e eficaz para proteger a saúde mental infantil.
Por que o uso do celular tão cedo pode fazer mal?
Os especialistas explicam que a exposição precoce às redes sociais aumenta a pressão por aceitação. Com isso, o celular se transforma em uma fonte de estresse em vez de diversão.
Além disso, a falta de sono, o cyberbullying e o excesso de estímulos visuais afetam o desenvolvimento emocional. O uso constante do celular sem supervisão enfraquece a saúde mental das crianças.
Impactos específicos observados
O estudo revelou que meninas que receberam o celular aos 5 ou 6 anos tiveram 48% mais pensamentos suicidas. Já aquelas que só começaram após os 13 anos apresentaram melhores índices de bem-estar.
Os pesquisadores também apontam problemas de autoestima, desregulação emocional e dependência digital. Em muitos casos, as crianças trocam interações presenciais por conexões superficiais nas redes sociais, prejudicando o desenvolvimento de habilidades sociais.
O papel dos pais e da comunidade
Especialistas alertam que os pais devem monitorar o uso do celular. É essencial conversar sobre riscos e limites e incentivar atividades fora do ambiente digital.
As escolas também podem contribuir. Promover educação digital e debates sobre uso saudável da tecnologia ajuda a equilibrar o acesso à internet e o bem-estar das crianças.
Políticas e recomendações para o uso do celular
Os autores defendem políticas públicas que estabeleçam idade mínima para o uso de celular e redes sociais. Eles sugerem letramento digital nas escolas e controle do tempo de tela.
Além disso, as empresas de tecnologia precisam criar medidas de segurança, como verificação de idade e controle de conteúdo inadequado. Dessa forma, o ambiente digital pode se tornar mais seguro para crianças e adolescentes que já usam o celular.
Como agir se seu filho já usa o celular cedo?
Por fim, se o seu filho já tem um celular, não é motivo para desespero. Em vez disso, revise os hábitos de uso. Limite o tempo de tela, desative notificações noturnas e incentive atividades offline, como leitura ou brincadeiras ao ar livre.
Também é importante manter o diálogo aberto. Muitas vezes, o celular serve como refúgio para emoções mal compreendidas. Por isso, oferecer apoio emocional e buscar ajuda profissional pode fazer diferença no desenvolvimento saudável da criança.
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