Todos os pais desejam oferecer a melhor educação possível aos filhos. Ainda assim, mesmo com boas intenções, é possível que algumas atitudes tóxicas acabem surgindo no dia a dia.
Isso pode gerar inseguranças e, pouco a pouco, impactar a autoestima e a saúde emocional das crianças, além de dificultar a criação de um ambiente seguro e acolhedor.
Mas calma! Em muitos casos, esses comportamentos passam despercebidos pelos adultos. E é, justamente por isso, que aprender a reconhecê-los é um passo essencial para transformá-los e fortalecer uma relação mais saudável entre pais e filhos.
Segundo a Parents, referência em parentalidade, errar faz parte do processo. Mas, quando certos comportamentos se tornam frequentes, eles podem deixar marcas profundas na autoestima e no modo como se vê no mundo.
O que são atitudes tóxicas?
Quando falamos de atitudes tóxicas não estamos falando sobre deslizes pontuais, como deixar as crianças no tablet ou recorrer a um fast food.
Pelo contrário: as atitudes tóxicas aparecem quando existe um padrão repetitivo de atitudes que geram medo, culpa, insegurança ou vergonha.
De forma simples, são comportamentos constantes que prejudicam a sensação de segurança emocional e diminuem a autoestima das crianças.
Muitas vezes, eles vêm de traumas passados ou falta de apoio emocional. Mas reconhecer esses sinais não é motivo de culpa, e sim um passo para a mudança.
Veja abaixo 9 atitudes tóxicas:
1. Não enxergar que seu filho é único
Mães e pais querem proteger, orientar e garantir um bom futuro. Porém, quando isso vira controle excessivo, a criança perde o direito de descobrir quem é de verdade e aprender com suas próprias atitudes.
Lembre-se: cada filho tem um caminho próprio, interesses e sonhos diferentes.
Dessa forma, quando o adulto impõe suas escolhas, como profissão, hobbies ou estilo de vida, ele automaticamente bloqueia a autonomia e a confiança.
2. Fazer a criança escolher um lado
Isso acontece especialmente em separações conflituosas, mas também pode ocorrer na rotina de relacionamentos turbulentos.
Envolver a criança em brigas do casal gera ansiedade, culpa e confusão emocional. Nenhum filho deveria ocupar um lugar que é dos adultos.
3. Minimizar os sentimentos do seu filho
Frases como “isso não é nada”, “você está exagerando” e “para de drama” podem até parecer inofensivas, mas, aos poucos, ensinam a criança a duvidar da própria percepção.
Esse comportamento é conhecido como gaslighting e é extremamente tóxico e prejudicial ao desenvolvimento infantil.
4. Ser controlador em excesso
Monitorar cada passo, cada amizade e cada conversa pode parecer proteção, mas, na prática, gera medo, desconfiança e tendência ao segredo.
Crianças que vivem sob controle extremo muitas vezes crescem com mais chances de desenvolver comportamento rebelde ou evitar a própria família.
5. Usar a culpa como ferramenta
Frases como “depois de tudo que fiz por você” e “você me decepcionou” ensinam o filho a obedecer por medo de machucar, não por compreensão.
Isso mina a autonomia e cria adultos inseguros para tomar decisões.
6. Não lidar com as próprias emoções
Pais também sentem raiva, frustração e cansaço. Isso é humano.
O problema acontece quando a criança vive “pisando em ovos”, com medo de explosões emocionais. Elas precisam de estabilidade para se sentirem seguras.
7. Criticar o corpo ou a alimentação
Comentários sobre peso, corpo, aparência ou a maneira de se alimentar, mesmo que feitos em tom de brincadeira, podem gerar:
- Baixa autoestima
- Vergonha do próprio corpo
- Relação ruim com a comida
O foco deve ser em saúde, bem-estar e respeito, não em aparência.
8. Não estabelecer limites saudáveis
Falta de limites também é uma forma de violência emocional.
Compartilhar problemas adultos demais, invadir a privacidade da criança ou depender emocionalmente do filho são sinais de alerta.
Criança não é terapeuta, nem melhor amigo.
9. Fazer a criança se sentir um “peso”
Frases como “você sempre estraga tudo” e “ninguém aguenta você” podem marcar profundamente a identidade infantil.
Com o tempo, a criança passa a acreditar que não merece amor ou espaço.
Como substituir esses hábitos por uma parentalidade mais consciente?
A boa notícia é: ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe. Todos estamos aprendendo.
Alguns primeiros passos importantes incluem:
- Desenvolver mais escuta ativa
- Validar emoções, mesmo que não concorde com o comportamento
- Pedir desculpas quando errar
- Procurar terapia, se possível
- Praticar a empatia com você mesmo
A parentalidade não precisa ser perfeita. Ela precisa ser consciente e segura.
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