Após a liberação da Anvisa para vacinação contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos com o imunizante da Pfizer, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se pronunciou a respeito da vacinação. Na noite da última quinta-feira, 23 de dezembro, o ministro informou que a pasta irá autorizar a vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, mas com prescrição médica e um “termo de consentimento livre esclarecido”.
“O documento que vai ao ar recomenda a vacina da Pfizer. Nossa recomendação é que não seja aplicado de forma compulsória. Essa vacina estará vinculada a prescrição médica, e a recomendação obedece às orientações da Anvisa”, disse ele.

Ele ressaltou que outros países, como Estados Unidos e Alemanha, já utilizam o imunizante para as crianças, mas que, no caso do Brasil, a decisão final será dos pais.
Autorização da Anvisa
A Anvisa autorizou a vacinação contra a covid-19 com o imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos no dia 16 de dezembro. A novidade foi anunciada pela agência por meio de uma coletiva de imprensa realizada de forma remota e transmitida ao vivo no YouTube.
Segundo a Agência, a farmacêutica BioNTech enviou os dados e os estudos de segurança de indicação da vacina para crianças no dia 12 de novembro.
Luiz Vicente Ribeiro, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, apresentou o parecer oficial sobre a aplicação da vacina: “O nosso parecer é favorável a incorporação da vacina da Pfizer para crianças na faixa etária de 5 a 11 anos”.
Gustavo Mendes, especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da GGMED, apresentou a linha do tempo do estudo da Anvisa, que foi desde a submissão do pedido até a conclusão do resultado, divulgado às 10h30 da manhã.
“A vacina tem um desempenho importante na geração de anticorpos nessa população”, afirmou o especialista. Ainda de acordo com ele, a Pfizer tem um desempenho satisfatório para a variante Delta.
A vacina de crianças deverá ser diferente daquela aplicada em adultos. O imunizante para maiores de 12 ano é de 30 microgramas e possui diferentes substâncias em sua composição, o que acaba influenciando também no volume injetado no corpo.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Coreia, Austrália e Holanda já apresentaram um esquema internacional do uso da vacina em crianças e adolescentes.
Suzie Marie Gomes, Gerente-Geral da GGMED, comentou sobre as complicações adversas apresentadas em crianças que receberam alguma dose da vacina contra o coronavírus, e reiterou o aval final: “Por fim, os benefícios superam os riscos”.