Francisco José Prado Junior possui paralisia cerebral e, por isso, sabe bem como pode ser difícil se encaixar. Por isso, não pensou duas vezes em usar seu conhecimento com ferramentas e robótica para criar um sistema inteligente – e barato! – para que pessoas com deficiência possam digitar com maior conforto e facilidade.
O estudante criou um mouse por meio de uma impressora 3D, juntamente com um novo editor de textos e um dispositivo que serve de alternativa ao teclado tradicional. Todas estas ferramentas tem sistemas adaptados para facilitar a vida de pessoas com deficiência.
Ao portal Só Notícia Boa, Francisco falou da inspiração para o projeto. “Fiz o meu primeiro modelo de mouse, todo sucateado, com peças de fácil acesso. Mas consegui replicar o funcionamento do outro, acrescentando novas funcionalidades que ele não tinha”, conta.

Além disso, sabendo que as ferramentas já existentes para facilitar a vida de pessoas com deficiência são extremamente caras, decidiu fabricar o seu próprio apetrecho. “No trabalho, esse sistema foi utilizado para controlar um editor de texto. Cada movimento realizava um comando tal como escrever, apagar e mudar de caractere”, comemora.
“Sempre estudei sendo ajudado pelos colegas e pelos professores. Os colegas faziam anotações pra mim, os professores sempre davam uma maneira de fazer avaliações adaptadas, de forma oral. Então, a educação sempre teve um sentido adaptativo no meio onde eu estudava”, declarou. E ainda completa, “Eu comecei a perceber que tudo é possível, diante de uma dificuldade, de ser resolvido com alguma adaptação. Foi aí que entrei para a Engenharia de Computação”.
Agora, Francisco está no processo de criação de uma startup para produzir e revender a ideia. A empresa se chamará AssistiveTech, do Instituto Cearense de Tecnologia, Empreendedorismo e Liderança (ICETEL), em Sobral. Demais!