Nesta quinta-feira, 2 de maio, viralizou um vídeo gravado durante um culto com o pastor da igreja batista Lagoinha, conhecido como Lucinho, falando que já havia beijado a sua filha enquanto ela estava distraída. No vídeo, ele ainda diz, “Nossa, que mulherão, ai se eu te pego”, se referindo a sua filha. Segundo o pastor, o intuito da pregação era mostrar o papel do pai elevando a autoestima dos filhos, porém, a internet não perdoou a atitude do pastor.
GENTE? Pastor Lucinho Barreto confessa que já deu um beijo em sua filha para ser o primeiro, antes do namorado e revela que cantava a mesma:
“Que mulherão! Ai se eu te pego!”
— POPTime (@siteptbr) May 2, 2024
Depois de receber inúmeras críticas sobre as falas daquele culto, Lucio veio a público falar sobre o ocorrido. Em seu Instagram, o pastor faz questão de destacar que aquela reunião era direcionada para homens e que as pessoas estavam tirandoas suas falas de contexto. “Eu fiz um comentário brincalhão. O que eu disse ali foi que eu dei um beijo inocente, um beijo puro na minha filha, com o intuito de levantar a autoestima dela.”, disse em sua defesa.
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Na legenda do vídeo, o pastor pediu para que os seus seguidores orassem por ele e pela sua família, e citando uma passagem da bíblia escreveu: “Para os puros, todas as coisas são puras; mas, para os impuros e descrentes, nada é puro.” (Bíblia sagrada livro de Tito 1:15).
Seguindo o mesmo discurso, Emily Barreto, filha de Lucio, também saiu em defesa do pai. No seu pronunciamento, ela diz que o que está acontecendo é um absurdo e que estão distorcendo as falas do pastor, “As pessoas cortaram e simplesmente fizeram loucuras com o trecho”. A jovem comenta que o pai nunca teve nenhuma atitude abusiva com ela, e que os dois possuem uma relação saudável e de confiança, “Meu pai nunca me beijou de língua, ele nunca fez nada comigo”, disse Emily.
Na boca, não! Você não deve beijar a boca do seu filho e a gente te explica o porquê
Já publicamos aqui sobre a Victoria Beckham que causou polêmica em suas redes sociais. Ela colocou no Instagram uma foto beijando sua filha Harper na boca. A foto dividiu opiniões no post dela e em nossos canais.
Na época, conversamos com a nossa colunista e psicóloga Betty Monteiro, mãe de Gabriela, Samuel, Tarsila e Francisco, que também acredita é melhor evitar esse tipo de comportamento. “Teoricamente, pode haver uma erotização. Na cabeça de alguns adultos, existe um desejo inconsciente por crianças”, afirma a especialista.
Não é de hoje que a violência sexual é um assunto que deve ser colocado em pauta: sempre existiu, mas antes as histórias ficavam escondidas entre quatro paredes ou eram abafadas pela família. O abuso sexual infantil acontece e é mais frequente do que se imagina – por isso precisamos falar sobre o assunto com urgência. Dia 18 de maio, é comemorado o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e a gente está aqui para fortalecer essa missão.
O caso da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo próprio tio é a prova que a violência sexual infantil pode vir de qualquer lugar — e é isso que mais assusta. São casos horríveis que podem envolver desde desconhecidos até pais, padrastos, professores e líderes religiosos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, diariamente, são notificadas no Brasil, em média, 233 agressões de diferentes tipos (física, psicológica e tortura) contra crianças e adolescentes com idade até 19 anos.
