A Polícia Civil de Santa Catarina investiga uma mãe suspeita de tortura contra o filho de cinco anos. As agressões ocorreram no fim de semana, em Balneário Camboriú. A denuncia foi realizada pela babá, uma adolescente de 17 anos, que cuidava do menino.

Segundo as informações da UOL, a mulher está em liberdade após passar por audiência de custódia. O menino e outra filha da suspeita, uma bebê de seis meses, estão em um abrigo e aguardam uma decisão judicial sobre o destino da guarda.
A adolescente que prestava serviço de babá disse que ao ver o menino de cinco anos com marcas de agressão, decidiu acionar o Conselho Tutelar de Balneário Camboriú, que se dirigiram até o local e lá confirmaram as marcas. Os conselheiros notaram que a bebê de seis meses não apresentava ferimentos por agressões, já garoto foi levado para atendimento médico. A mãe acabou sendo presa pelo crime de tortura pela Polícia Civil.
Motivo
De acordo com o Conselho Tutelar, durante o depoimento o menino disse que sofreu as agressões após fazer xixi na calça. Ele teria sujado a roupa após a mãe não ajudá-lo a ir ao banheiro. O espancamento aconteceu com uso de chinelos e um cabo de rodo. A mãe confirmou a versão.
A maioria das marcas estava nas costas da criança, mas também era possível ver no rosto. Ele passou por exames após a suspeita de trauma na cabeça, mas os resultados apontaram somente hematomas. “A criança disse que pediu três vezes para fazer xixi, mas parece que, na pressa para sair de casa, a mãe não ajudou e ele acabou fazendo nas calças. A gente colheu o relato dela, que confirmou a versão do filho e justificou que perdeu a cabeça”, disse a conselheira tutelar Camille Amorin à UOL.
Guarda das crianças
Segundo o Conselho Tutelar, os irmãos foram levados para um abrigo da cidade pois as agressões ao menino seriam recorrentes. Eles são de pais diferentes e, por enquanto, a avó materna do menino disse que deseja ficar com a guarda.
“Eles agora esperam uma decisão da Justiça para saber o destino sobre a guarda. A mãe da suspeita viajou de Lages [a 289 km de Balneário Camboriú] e manifestou o interesse. A senhora contou que já cuidava do neto, mas que por problemas de saúde, ele passou a morar com a mãe. Como agora viu que não deu certo, quer ficar com ele”, afirmou a conselheira.