Nesta terça-feira, 19 de julho, foi concluído o inquérito policial da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) sobre o caso de estupro de vulnerável. Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso em flagrante, aplicou medicamento (provavelmente um sedativo) na grávida sete vezes.
O caso veio à tona após um grupo de enfermeiras gravarem a violência feita pelo médico. A análise do vídeo do parto ocorrido no Hospital da Mulher Heloneida Studart , no dia 11 de julho, mostra que o anestesista iniciou o crime após 50 segundos que o marido da vítima deixou a sala, onde acontecia a cesárea, com o filho. Também foi confirmado que o vídeo, que tem duração de uma hora 36 minutos e 20 segundos, não possui corte e foi entregue as autoridades de forma íntegra. Já o estupro ocorreu por nove minutos e cinco segundos.
Um laudo obtido pelo G1, confirma que os medicamentos utilizados pelo médico foram cetamina e propofol, os quais ele aplicou sete vezes na paciente. Além disso, o material que o anestesista utilizou para limpar a vítima após a violência não constou a presença de sêmen, mas pelo fato de que o material passou por vários recipientes antes da coleta, não é possível considerar a integridade do resultado.

Ao todo, 19 pessoas foram ouvidas pelas autoridades para que o caso fosse analisado. Entre elas a vítima, o marido da grávida, médicos, equipe técnica do hospital, policiais e o anestesista.
Após a conclusão sobre a prisão do médico realizada pela Deam, ele será indicado por estupro de vulnerável. O inquérito deverá ser enviado ao Ministério Público. Apesar disso, o Ministério não aguardou a conclusão da investigação, por isso Giovanni já se tornou reú.
Além deste inquérito, outro foi aberto para investigar outros casos de estupros de pacientes do anestesista. A Polícia Civil entrou com investigação em 4o possíveis casos de violência sexual. Esse número corresponde o total de procedimentos que o médico participou.