Embora cerca de 8 milhões de casais sofram com infertilidade no Brasil atualmente, há uma notícia ainda pior: muitos deles, por desinformação ou negação, demoram demais a buscar ajuda. Como a idade é uma bomba-relógio e um fator determinante para o sucesso de uma concepção, postergar a busca por ajuda especializada acaba virando um problemão.

O diagnóstico não é dos mais fáceis de ouvir, claro. A infertilidade mexe muito com a autoestima, muitos casais têm esperança que no ciclo menstrual seguinte consigam a gravidez. Quando não conseguem, esperam o próximo ciclo, depois o próximo… E assim, o sonho pode ficar cada vez mais distante. Muitas vezes, esses casais também são mal orientados por ginecologistas ou urologistas gerais, que não fazem os exames básicos ou dão falsas informações de que “está tudo bem, é só ansiedade” ou então que “é uma questão de tempo”, ou pior que “podem esperar até 40 anos para engravidar”.
As dicas de pessoas leigas também acabam atrapalhando e atrasando a busca pela ajuda médica especializada. É interessante pontuar que, em muitos casos, os casais também têm medo do diagnóstico. Para eles, é assustador ouvir do médico que eles têm dificuldade para engravidar e vão precisar de ajuda. Isso faz com que muitos fujam das clínicas de reprodução assistida, justamente porque têm uma dificuldade de aceitação do diagnóstico.
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Orientamos procurar um médico especialista quando o casal está tentando engravidar sem sucesso há um ano. Em mulheres acima dos 35 anos, o recomendado é buscar ajuda médica após seis meses de tentativa sem sucesso. Isso porque a idade da mulher é o principal fator prognóstico de gravidez. O tempo é implacável não só na quantidade de óvulos, mas também na qualidade deles.
Essa queda da fertilidade acontece a partir dos 30 anos, mas a partir dos 35 anos é uma queda muito mais acentuada, sendo que a incidência de infertilidade conjugal acomete um em cada sete casais com faixa etária por volta dos 35 anos. E passa a ser de um a cada dois casais aos 41 anos de idade. Então realmente é uma incidência que sobe exponencialmente a partir dos 35 anos.
Lidar com a multiplicidade de decisões médicas e as incertezas que a infertilidade traz pode criar uma grande agitação emocional para a maioria dos casais. Mas a orientação especializada consegue minimizar esses impactos, dando espaço à esperança e, se tudo der certo, à felicidade, com a concepção.

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