Publicado em 05/06/2024, às 14h00 por Vitória Souza
O desenvolvimento de cada criança é único, porém, existe um período correto para cada etapa a ser desenvolvida por ela. No caso de pais que suspeitam de algum nível de atraso do filho, é importante que perceba se ele apresenta algum sinal de atraso na coordenação motora ou habilidades sociais.
O Dr. Alexandre Canheu, neurocirurgião pediátrico, explica que existe uma média de tempo estabelecida para a aprendizagem de cada atividade, e que os pais devem ficar atentos para caso a criança ultrapasse o limite estipulado, o levando ao médico. “Existem condições que um bebê pode já nascer com elas e afetam diretamente o desenvolvimento neurológico”, explicou o médico.
Alexandre ainda dá o exemplo da cranioestenose, uma má formação no crânio que promove o fechamento das suturas, a região maleável do cérebro, de maneira precoce, fazendo com que o cérebro do bebê não tenha espaço para se desenvolver. Neste caso, o ideal é que o problema seja identificado com antecedência para conseguirem operar. Caso a cirurgia seja antes dos seis meses de vida, as chances dele viver sem sequelas é maior.
Um artigo traduzido sobre os principais marcos de desenvolvimento infantil feito pelo Centers of Disease Control and Prevention e traduzido pela Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que o bebê aos dois meses de vida deve manter a cabeça erguida quando estiver de bruços, reagir a sons altos e mover os dois braços e pernas.
Aos nove meses, o nível de interação aumenta, e o bebê precisa reconhecer ao ser chamado pelo nome e levantar os braços quando é pego no colo. No período entre um ano e meio até dois anos de idade, o bebê já deve conseguir falar coisas básicas como por exemplo “mamãe” e interagir com crianças ao redor. Após os 3 anos de idade, a criança já fala coisas que os adultos além da mãe, também conseguem entender e é capaz de fazer alguns desenhos quando lhe é pedido.
As doenças neurológicas podem estar relacionadas a genética ou problemas durante o parto, com a prematuridade sendo o motivo mais comum. Estes problemas costumam afetar o cérebro, a medula espinhal e o sistema nervoso. Por isso, o diagnóstico deve ser feito com cautela, sendo levado em consideração o histórico clínico da criança, no período da gestação e pós-parto, avaliar com quanto tempo foi falada a primeira palavra, quando saíram os primeiros passos ou se aquele bebê ainda não realizou essa etapa.
No caso de crianças que já frequentam a escola, o comportamento dela no ambiente escolar também é levado em consideração, e dependendo do caso, alguns exames específicos podem ser solicitados dependendo da situação.
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