A atitude de Iris Luppi, uma professora que trabalha em uma faculdade localizada na cidade de Sorocaba, em São Paulo, deixou muitos emocionados. Ela, que aplicou prova em uma de suas salas que cursam direito, resolveu ficar com o filho de três meses de uma de suas alunas, Bruna Fidje, no colo enquanto a aluna realizava o teste.
O gesto surpreendeu até a própria mãe do bebê. Ela, que está no quarto ano de faculdade, relatou ao veículo g1 que, na última terça-feira, 29 de novembro, precisava fazer uma prova de Direito Processual Civil. A mãe acabou sofrendo um imprevisto com o marido e não tinha com quem deixar o mais novo; assim, Bruna resolveu levá-lo para acompanhá-la na instituição.
“A professora se compadeceu de me ver ali tentando fazer prova carregando o bebê no colo. Ela falou para mim: ‘Me dá ele, eu fico com ele’. Eu falei não, porque tinha um monte de gente na classe. Mas eu acabei entregando o bebê e ela ficou duas horas e meia o carregando enquanto eu fazia a prova”, explicou Bruna.
A professora relatou que havia acompanhado toda a gestação da aluna durante seu período de aulas e fez questão de ajudá-la no dia da prova: “Como professora, a gente sempre se depara com situações inusitadas dentro da classe e eu fui dar prova para essa turma. Até era uma prova que eu havia inovado porque eu deixei os alunos fazerem em dupla e a classe estava bastante cheia. Quando eu entrei, vi que a Bruna estava com nenê e logo imaginei que ela não tinha com quem deixar. Conversei com a turma sobre a prova, entreguei-as e aí me ofereci para ficar com o bebê para ela poder fazer a prova com calma”.
Com o gesto único de Iris, Bruna acabou se emocionando ao relembrar sua experiência envolvendo maternidade e estudos. “Até chorei, pois para mim não está sendo fácil conciliar a maternidade com a faculdade, mas coisas assim renovam a nossa fé na humanidade”, elogiou. “É muito difícil fazer faculdade de direito cuidando de neném. É realmente um desafio e ainda mais para a gente que não tem babá. Eu ainda tenho o meu marido que me ajuda muito, minha irmã, mas existem mulheres que não têm nada disso”.
