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Um bebê de quase dois anos irá passar pela terceira cirurgia após nascer com cardiopatia congênita. A mãe de Kauan, que nasceu em Palmas, Tocantins, precisou lutar pela cirurgia do filho na Justiça.
O bebê nasceu no Hospital e Maternidade Dona Regina, onde a cardiopatia congênita, uma anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação, foi identificado. Com poucos dias de vida, Kauan foi entubado e passou por cirurgias.
Após as duas cirurgias, o bebê irá passar pelo terceiro procedimento. A mãe dele, Laise Sousa Carvalho, lutou na Justiça para garantir que o filho conseguisse realizar a cirurgia. “Eu tive que lutar pela cirurgia dele porque aqui no Tocantins não tinha, então para mim foi muito sofrido e para ele também. O Kauan, com 21 dias de nascido, foi entubado. Eu achei que ele não iria aguentar até quando saísse a cirurgia porque demorou muito”, explicou ela.
O terceiro procedimento será realizado em um hospital em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A má formação não é incomum no estado, em 2021, 23,5 mil crianças nasceram com a anormalidade em Tocantins. Para que a vida dos bebês seja preservada é necessário um atendimento rápido.
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Jaíne Batista foi outra mãe que lutou pela vida do filho, Nathan. O bebê também nasceu com cardiopatia congênita, e ela buscou ajuda para que o filho passasse pelo procedimento cirúrgico, mas não foi realizado, levando a criança à morte aos 11 meses de vida. “O coraçãozinho dele pedia pela cirurgia, mas não saía. Com 11 meses, ele faleceu de tanto esperar. O coração dele não estava aguentando mais”, afirmou a mãe.
O governo de Tocantins foi obrigado a regularizar cirurgias pediátricas em bebês com problemas no coração por uma decisão judicial. Anteriormente, os bebês precisavam ir para outros estados para realizar os procedimentos. Hoje, um hospital de referência na área fica em Araguaína, atendendo os casos de emergência.
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