Na última semana falamos sobre trigêmeos norte-americano que marcaram a história da medicina ao nascerem os três com craniossinostose, um tipo raro de assimetria craniana. A condição não é frequente, muito menos com trigêmeos.
Já outros tipos de assimetria craniana são muito comum entre os bebês, mas é pouco falado. Isso acontece, de acordo com Gerd Schreen, pai de Deborah e Christine e médico especialista no tratamento de assimetria craniana, porque a cabeça dos bebês cresce muito rápido nos dois primeiros anos de vida. “Com dois anos de idade, a criança já tem o crânio 90% do tamanho que será vida adulta”, comenta.
Esse crescimento acelerado somado a muito tempo deitado na mesma posição, principalmente nos primeiro meses de vida, pode deixar a cabeça do bebê torta. Com 3 ou 4 meses já para perceber algo diferente.
“A identificação precoce das assimetrias cranianas posicionais é fundamental para que seja possível corrigi-las a tempo”, alerta o médico. Para identificar se o seu bebê tem algo fora do normal, olhar a cabeça (de preferência com o cabelo molhado) de cima para baixo. É importante lembrar, no entanto, que todos nós temos um pouco de assimetria
Se o bebê tiver alguma alteração (como as da foto), este é o momento de levar ao médico especialista, que vai examinar e medir o grau de assimetria.Se for um grau baixo, dá para tratar apenas com reposicionamento, ou seja, não deixando o bebê deitar sempre na mesma posição e optar por ficar mais com o filho no colo ou no sling.
É possível obter melhores resultados começando o tratamento entre 3 e seis meses. “Depois disso não é tão eficaz porque o bebê já passa mais tempo em outras posições e sentado, do que deitado”, explica o médico.
Caso a assimetria não seja resolvida apenas reposicionando o bebê quando está deitado ou for de um grau avançado, é hora de lançar mão dos capacetes, que vão moldar a cabeça do bebê enquanto cresce. Os capacetes são feitos sob medida para cada criança.
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