As cólicas no bebê costumam preocupar as mães e os pais, principalmente aqueles de primeira viagem. Quando se trata desse tipo de dor, algumas vezes são leves, outras pedem mais paciência.
Essas dores são comuns nos primeiros meses de vida da criança. Com isso, o choro intenso e a dor visível causam angústia em quem cuida.
Apesar de ser algo natural do desenvolvimento do bebê, é possível contronar esse momento e deixá-lo menos doloroso. Com informação e cuidado, a fase das cólicas pode ser tratada com mais calma
A seguir, confira como cuidar da cólica do bebê, de acordo com informações da matéria de Jennifer Detlinger para a Pais&filhos.
Por que as cólicas surgem?
Geralmente, as dores aparecem entre a segunda e a quarta semana de vida da criança. Mas, na maioria dos casos, somem por volta do terceiro mês.
Isso acontece porque o sistema digestivo do bebê ainda está em formação. Ou seja, seu corpo ainda está aprendendo a digerir o leite.
Com isso, os recém-nascidos acabam sofrendo com gases, estufamentos e até mesmo refluxos.
Além disso, durante a amamentação, é comum que o bebê engula ar. Esse ar pode se acumular no intestino e gerar desconforto.
Como identificar as cólicas no bebê?
O principal sinal é o choro. Ele costuma surgir sem motivo e pode piorar no fim da tarde e de noite.
Outros sinais são pernas encolhidas, barriga endurecida e movimentos de agitação. O bebê também pode parecer irritado e ter dificuldade para dormir.
Esses sintomas geralmente aparecem em um bebê saudável, que mama bem e não apresenta febre ou outros sinais de doença.
O leite materno influencia?
Sim, o leite pode contribuir para as dores, mas não como muitas pessoas acham. As cólicas no bebê ocorrem tanto em crianças que recebem leite materno quanto nas que usam fórmula. O leite materno, inclusive, protege o organismo e fortalece o intestino da criança.
Por isso, a amamentação não deve ser interrompida por causa das cólicas. Pois, ela traz benefícios que ajudam no desenvolvimento e conforto do bebê.
O que pode influenciar é a forma como o bebê mama e a alimentação da mãe.
A pega correta faz diferença
Durante a amamentação, o bebê pode engolir ar se não estiver posicionado da forma ideal. Por isso, garantir a pega correta é essencial. Quando o bebê está bem encaixado no seio, o risco de engolir ar diminui bastante.
Além disso, é importante colocar o bebê para arrotar após as mamadas. Isso ajuda a liberar o ar que foi ingerido. Pequenas mudanças na rotina de amamentação podem prevenir boa parte das crises de cólica.
A alimentação da mãe pode interferir?
Como já citado antes, sim. Principalmente quando a criança é sensível a determinados alimentos. Algumas alimentos como laticínios, ovos, café, repolho e cebola, são conhecidos por causar mais gases. Mas isso varia de bebê para bebê.
Probióticos ajudam a aliviar as cólicas no bebê?
Alguns probióticos têm sido indicados como apoio no tratamento das cólicas no bebê. Esse tipo de suplemento pode ajudar a equilibrar a flora intestinal e reduzir o desconforto. Geralmente, o efeito começa a ser percebido na primeira semana de uso.
O que mais pode aliviar as cólicas?
Além da amamentação correta e do uso de probióticos, algumas práticas simples podem ajudar. Fazer uma compressa morna na barriga do bebê pode relaxar a musculatura e aliviar a dor. Outra opção é movimentar as pernas suavemente.
Além dessas, uma massagem leve no abdômen, em movimentos circulares, também ajuda na eliminação dos gases.
Quando é hora de procurar ajuda?
Apesar de serem comuns, as cólicas não devem ser ignoradas por completo.
Se o seu bebê apresentar febre, não aceitar o peito, tiver episódios frequentes de vômito e ficar muito irritado por longos períodos, é um sinal que você precisa buscar orientação médica.
Esses sinais podem indicar algo além da cólica. O acompanhamento do pediatra é fundamental para garantir que tudo esteja bem.
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