Dois meses depois de uma gestação de risco com pré-eclâmpsia – ocorre quando uma mulher grávida tem pressão arterial elevada (acima de 140/90 mmHg) a qualquer momento após a sua 20ª semana de gravidez, com desaparecimento até 12 semanas pós-parto – e uma cesariana com 32 semanas, a corredora Allyson Felix voltou a correr e ainda conquistou durante esta semana sua 12ª medalha de ouro, superando o jamaicano Usain Bolt, que tem 11 medalhas.
O título que foi desacreditado por diversos patrocinadores quando a corredora engravidou. Na época, eles justificavam que ela não teria um bom desempenho após a gravidez. A atleta está em uma luta constante pelos direitos das mulheres no esporte, já que casos como o dela, são mais do que comuns.
“Eu tive que lutar muito este ano – pela minha saúde, pela minha filha, pelas mulheres e mães, pelo que eu mereço e pelo meu condicionamento físico. Estou realmente orgulhosa de estar no meu 9º campeonato mundial e este é mais especial, porque minha bebê está no estádio para assistir a tudo”, escreveu a corredora no Instagram ao lado de uma foto com a filha.
O nome pré-eclâmpsia foi dado tendo em vista que essa condição favorece a eclâmpsia, que é um tipo de convulsão que ocorre na gravidez e pode ser fatal tanto para a mãe quanto para o bebê.
Se não for tratada, a pré-eclâmpsia pode levar a sérias ou até mesmo fatais, complicações para a gestante e o bebê. Se houver o diagnóstico da condição, a grávida e equipe médica devem trabalhar para que o bebê não corra risco de sofrer algumas complicações antes do parto acontecer. Segundo o Ministério da Saúde, a hipertensão é responsável por 13,8% das mortes maternas no Brasil, sendo a principal causa de morte durante a gravidez no país.
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