Em diversos países industrializados, quase 1% das crianças nascem de partos prematuros, ou seja, antes das 32 semanas de gestação. Apesar dos muitos avanços na medicina neonatal, esses bebês ainda correm um alto risco de desenvolver distúrbios neuropsicológicos. E aí que um estudo sobre a música e os bebês entra! Os sons estão enchendo os bebês de força, e suas mães de esperança. Um dos recursos terapêuticos na UTI de alguns hospitais, é a música! Os resultados são fantásticos e colaboram com o que já sabíamos, a música ajuda no aumento de peso dos bebês e reduz o tempo de internação.
Para ajudar esses pequenos, os pesquisadores da Universidade de Genebra (UNIGE) encontraram uma solução genial: músicas compostas especialmente para eles! E os primeiros resultados – publicados no Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS), nos Estados Unidos – são surpreendentes: imagens médicas revelam que as redes neurais de bebês prematuros que ouviram essas músicas, e em particular uma rede envolvida em muitas funções sensoriais e cognitivas, estão se desenvolvendo muito melhor.
A ideia foi copiada por alguns hospitais brasileiros e a ação é uma ideia prática: como os déficits neurais dos bebês prematuros são devidos, ao menos em parte, a estímulos inesperados e estressantes, bem como à falta de estímulos adaptados à sua condição, seu ambiente deve ser enriquecido pela introdução de estímulos agradáveis. Como o sistema auditivo é funcional desde cedo, a música parece ser um bom candidato.
Os profissionais usam instrumentos e recursos vocais e as mães são orientadas a segurar e movimentar a cabecinha do bebê para o lado e para trás. Inacreditavelmente, as crianças seguem os instrumentos, esboçam sorrisos, mexem os braços e se acalmam.
O feto já se comunica ativamente com o meio e o sistema auditivo, quarto sistema a amadurecer em termos anatômicos e fisiológicos. Mesmo no útero ele percebe sons, como o batimento cardíaco da mãe, e é capaz de reagir a eles. Ele encontra-se bem protegido dos ruídos externos pela parede uterina e pelo líquido amniótico, mas já apresenta respostas, como, por exemplo, o susto, a partir de 25 semanas. A partir de 35 semanas já reconhece mais sons, tendo preferência pela voz materna, um importante componente na construção do vínculo entre mãe e filho.
É nesse sentido que a musicoterapia tornou-se um recurso terapêutico que estabiliza a frequência cardíaca e o ritmo respiratório. Ela reduz o estresse fisiológico, acalmando os bebês, e favorece o ganho de peso, contribuindo de forma significativa para a sua recuperação. Também é sabido que a musicoterapia aumenta o sucesso da amamentação.
O resultado é unânime
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