Furar a orelha dos bebês é uma prática comum, mas sempre suscita dúvidas sobre o momento mais apropriado e as precauções necessárias. A dor provocada pelo procedimento é inevitável, mas pode variar conforme o local do furo e a sensibilidade da criança. Especialistas recomendam que o melhor momento seja após as primeiras vacinas, como a antitetânica, ministrada aos dois meses de idade, visando minimizar riscos de infecção.
O debate sobre quando furar a orelha envolve não apenas critérios médicos, mas também considerações culturais e familiares. Alguns pais preferem aguardar a manifestação de desejo da própria criança. Em todo caso, é essencial seguir orientações adequadas sobre cuidados pré e pós-procedimento para garantir a segurança e conforto do bebê.
O bebê sente dor ao furar a orelha?
Independentemente da idade, furar a orelha de uma criança resulta em certa dor, embora menos intensa que a dor de uma vacina, devido à menor quantidade de nervos na cartilagem. A crença de que bebês sentem menos dor por serem mais novos não é respaldada por médicos pediatras. No entanto, o uso de uma pomada anestésica pode ser considerado para amenizar o desconforto.
Essas pomadas, normalmente aplicadas cerca de 30 minutos antes do furo, podem auxiliar na redução da dor, mas seu uso deve ser sempre discutido previamente com o médico responsável, garantindo que seja apropriado para o bebê.

Devo aguardar as vacinas para furar a orelha?
Embora o risco de infecção ao furar as orelhas seja pequeno, pediatras recomendam aguardar a administração de vacinas iniciais, como a contra tétano, dada aos dois meses. Estas vacinas reduzem a possibilidade de complicações caso surja uma infecção, pois fornecem uma camada extra de proteção ao organismo ainda em desenvolvimento da criança.
Além disso, quanto mais vacinas a criança receber, mais protegida estará, oferecendo assim mais segurança e tranquilidade para os responsáveis no momento de decidir sobre o furo.
Qual o tipo de brinco mais apropriado?
Para evitar reações alérgicas ou infecções, os brincos iniciais devem ser confeccionados em materiais antialérgicos como ouro de 18 quilates ou aço cirúrgico. Evitar brincos folheados ou bijuterias é fundamental, dado o maior risco de complicações. O design do brinco também deve ser cuidadosamente escolhido, ficando colado à orelha para evitar acidentes.
A tarraxa do brinco deve ser redonda e cobrir toda a parte traseira para não enroscar em tecidos ou machucar a pele delicada do bebê durante atividades diárias.
Quem deve realizar a perfuração?
Embora o procedimento em si não seja extremamente complexo, requer experiência e um ambiente controlado para evitar infecções. Farmácias frequentemente oferecem este serviço, desde que utilizem brincos estéreis e sigam protocolos de higienização rígidos. Algumas famílias optam por profissionais de saúde, consultorias especializadas ou clínicas de vacinação.
É essenciais que o responsável pelo procedimento tenha conhecimento suficiente para garantir que o furo seja feito corretamente e com segurança. Para os pais que possuem considerações relacionadas a práticas como a auriculoterapia, é possível buscar profissionais capacitados nessa técnica específica.
Cuidados após a perfuração
Após a orelha ser furada, manter o brinco sem retirá-lo por quatro a seis semanas é crucial para garantir que o furo não feche prematuramente. Girar os brincos diariamente ajuda a prevenir que se tornem aderidos à pele, facilitando sua remoção posteriormente.
A limpeza diária com água e sabonete durante o banho e a secagem cuidadosa do local são essenciais para manter a área livre de umidade, que poderia favorecer infecções. Observar sinais de infecção, como inchaço, vermelhidão, dor ou secreções, permite uma resposta rápida, caso necessário.







