Manter o calendário de vacinação do bebê em dia é fundamental para garantir a proteção contra diversas doenças, muitas delas graves. Desde o nascimento, a criança passará por exames e receberá várias doses de vacinas, cada uma com seu papel na prevenção de enfermidades que podem comprometer o desenvolvimento e a saúde.
Além de acompanhar o calendário, é importante ter a carteirinha de vacinação sempre atualizada. Confira os exames realizados no início da vida do bebê e as vacinas que fazem parte dessa jornada.
Exames do recém-nascido
Antes de falar sobre as vacinas, vale lembrar que o recém-nascido passa por uma série de exames logo após o nascimento. Eles ajudam a identificar condições que precisam de acompanhamento ou tratamento precoce.
- Apgar: O primeiro exame do bebê ocorre ainda na sala de parto, com um minuto de vida, e é repetido aos cinco minutos. O pediatra avalia fatores como frequência cardíaca, respiração e reflexos, atribuindo uma nota entre 0 e 10.
- Teste do pezinho: Realizado entre 24 e 48 horas após o nascimento, diagnostica doenças metabólicas, genéticas e infecciosas. É gratuito e obrigatório no SUS.
- Teste do olhinho: Avalia a presença de catarata ou condições tumorais por meio do reflexo vermelho nos olhos do bebê. Alterações nesse reflexo são encaminhadas para exames mais detalhados.
- Teste do coraçãozinho: Entre 24 e 48 horas de vida, mede a saturação de oxigênio no sangue para identificar possíveis problemas cardíacos. Também é gratuito e obrigatório.
- Teste da orelhinha: Realizado no primeiro mês de vida, detecta alterações na audição. É feito com estímulos sonoros que medem a reação do bebê.
- Teste da linguinha: Verifica se o bebê apresenta alguma alteração no freio da língua que possa comprometer a amamentação.
Vacinas essenciais do calendário
Desde os primeiros dias, o bebê começa a receber vacinas que vão protegê-lo contra uma série de doenças. Veja as principais vacinas e os momentos em que elas devem ser aplicadas:
No nascimento
- BCG: Previne formas graves de tuberculose. É aplicada no braço e deixa uma marca característica.
- Hepatite B: A primeira dose é administrada ainda na maternidade para prevenir a transmissão da hepatite B da mãe para o bebê e o contato com o vírus no futuro.
Aos 2 meses
- Pentavalente: Protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções por Haemophilus influenzae tipo B (HiB). Disponível no SUS.
- Hexavalente: Substitui a Pentavalente em clínicas particulares. Inclui proteção contra poliomielite e causa menos reações.
- Vacina Inativada Poliomielite (VIP): Protege contra poliomielite.
- Pneumocócica 10 Valente: Previne pneumonia, otite e meningite. Nas clínicas privadas, há a opção da Pneumocócica 13 Valente, mais abrangente.
- Rotavírus: Previne diarreias causadas pelo rotavírus.
Aos 3 meses
- Meningocócica C: Protege contra doenças causadas pelo meningococo C.
- Meningocócica ACWY: Alternativa mais completa que protege contra quatro tipos de meningococo (A, C, W e Y).
Aos 4 meses
Repetem-se as vacinas administradas aos 2 meses, com a segunda dose da Pentavalente (ou Hexavalente), VIP, Pneumocócica e Rotavírus.
Aos 5 meses
- Segunda dose das vacinas contra meningococo C ou ACWY.
- Meningocócica B: Disponível apenas em clínicas particulares.
Aos 6 meses
- Terceira dose da Pentavalente ou Hexavalente.
- Terceira dose da VIP.
- Reforço da Pneumocócica 10 ou 13 Valente.
- Influenza: A vacina contra a gripe deve ser aplicada conforme a época do ano. A primeira vez requer duas doses com um mês de intervalo.
Aos 15 meses
- DTP: Reforço da vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche.
- Vacina Oral Poliomielite (VOP): Reforço contra a poliomielite.
- Tetra viral: Protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).
Aos 18 meses
- Segunda dose da vacina contra hepatite A.
Dicas para acompanhar a vacinação
Para garantir que todas as vacinas sejam aplicadas no tempo correto:
- Verifique a carteirinha de vacinação com frequência.
- Consulte a equipe de saúde para tirar dúvidas sobre possíveis reações.
- Não deixe de aplicar as doses de reforço, pois elas são fundamentais para garantir a imunização completa.

ç