
Sophie Barr, de 25 anos, achou que nunca veria a filha, Patricia, completar um ano de idade. Ela contou em entrevista ao Yorkshire Post que a menina estava feliz e saudável até os três meses de idade, mas depois ela e o marido notaram que o estômago da bebê estava ficando cada vez mais inchado.
“Meu marido, Andrew, e eu somos pais de primeira viagem e não tínhamos certeza se isso era normal, então mencionei isso aos médicos durante uma consulta mensal regular. A partir daí tudo aconteceu muito rapidamente. Fomos encaminhados ao Hospital Infantil de Sheffield para testes que revelaram que Patricia apresentava um tumor na metade do fígado”, contou.
A menina precisou ser internada no hospital em janeiro, deste ano, para realizar sessões de quimioterapia para diminuir o tumor. Como o problema já estava muito avançado, sua condição de saúde começou a piorar rapidamente. “Eu não acho que realmente entendemos como isso aconteceu tão rápido. Também era muito difícil compreender que ela estava tão doente quanto parecia bem em si mesma”.

Sophie contou que como o estado de saúde da filha estava muito ruim, decidiram batizá-la no hospital. Algumas horas depois, Patricia precisou ser levada às pressas para a unidade de terapia intensiva, porque toda a pressão do tumor estava atingindo, dessa vez, o pulmão. “Ela não conseguia respirar e começou a ficar azul nos meus braços. Ela foi colocada em um ventilador, e ficou respirando por ele durante uma semana.”
A criança permaneceu internada por cinco semanas, e então os pais receberam a notícia: Patricia precisava de um transplante de fígado. Ela ficou em uma lista de doadores de emergência no Hospital Infantil de Leeds no início de março, mas os pais também precisaram ficar na cidade, pois moram em Sheffield, outra cidade na Inglaterra.
O casal passou a morar em um hotel para ficar perto da filha e os dias se transformaram em semanas, pois nenhum doador adequado apareceu. Sophie pediu para doar o fígado para a menina e os exames começaram a serem feitos. Um doador compatível apareceu nesse meio tempo, e a criança até chegou a ser levada para a sala de cirurgia, mas precisou ser cancelada, pois o fígado havia sido danificado.

Sophie então recebeu a noticia de que poderia ajudar a filha: “Fui avisada sobre os riscos, pois é uma cirurgia importante, mas você não pensa sobre isso, apenas pensa que, se isso puder ajudar seu filho, você fará qualquer coisa”. “Fui submetida a anestesia às 6 da manhã e, em seguida, parte do meu fígado foi transferida para o Hospital Infantil de Leeds para ser entregue à Patricia. Sua operação começou algumas horas depois da minha. Depois, tudo que eu queria era me reunir com ela e Andrew. Deve ter sido terrível para ele, pois nos colocaram em cirurgia ao mesmo tempo”, contou Sophie.
Depois de algumas semanas, e uma lenta recuperação, Patricia e Sophie puderam comemorar o sucesso do transplante. “Foi uma sensação incrível!”. Patricia fez a última sessão de quimioterapia no dia 26 de abril, e depois de alguns meses o casal recebeu a notícia de que não havia mais nenhuma célula cancerígena no corpo da bebê. Eles realizaram uma festa em família para agradecer por tudo e Sophie comentou: Ela é um pouco tagarela. Ela faz fisioterapia toda semana para ajudá-la a recuperar o atraso, enquanto ficava tanto tempo deitada no hospital. Mas ela é uma criança totalmente diferente desde o transplante. Eu faria tudo de novo”, concluiu.
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