A moleira, ou fontanela, é a região no couro cabeludo do bebê onde os ossos do crânio ainda não se fecharam completamente. Essas áreas são macias, flexíveis e desempenham papéis fundamentais no parto e no crescimento cerebral. Por isso, saber como cuidar bem delas é essencial para você proteger a saúde e o desenvolvimento do seu recém‑nascido.
O que é a moleira e por que ela existe
Em primeiro lugar, é importante entender que a moleira corresponde a regiões do crânio que não estão ossificadas, o que permite que a cabeça do bebê se molde ao passar pelo canal de parto. Além disso, ela facilita o crescimento do cérebro nos primeiros meses de vida, acomodando sua expansão gradual.
Essas áreas são mais visíveis nas partes anterior e posterior da cabeça. Elas variam de tamanho de acordo com a idade do bebê. No geral, abrem-se ao nascimento e vão se fechando gradualmente ao longo do primeiro ano ou, em alguns casos, um pouco depois.
Avaliação pediátrica: quando e como verificar?
Desde o nascimento, durante as consultas de rotina, o pediatra examina as moleiras para avaliar tamanho, forma e tensão. Segundo Malu Lopes para a Pais & Filhos, é possível detectar condições que possam estar associadas a alterações, como hipotireoidismo neonatal, microcefalia ou aumento da pressão intracraniana.
Além disso, observa-se também a tensão da moleira: se ela estiver afundada, pode ser sinal de desidratação; se abaulada, pode indicar aumento da pressão dentro do crânio. Embora variações ao longo do dia sejam normais (por causa do choro ou do sono, por exemplo), mudanças persistentes ou muito pronunciadas merecem atenção médica.
Cuidados diários com a moleira
No dia a dia, é fundamental ter muita delicadeza ao manusear a cabeça do bebê, especialmente durante o banho e na hora da higiene. Por isso, evite qualquer tipo de pressão ou impacto na região da moleira. Sempre use toalhas macias e não esfregue com força.
Da mesma forma, manter o couro cabeludo limpo e seco é essencial. Evite colocar objetos duros ou pesados sobre a cabeça do bebê, como bonés apertados ou travesseiros rígidos. Além disso, observar o comportamento geral, como sono, alimentação e irritabilidade, pode ajudar a identificar sinais de alerta precocemente.
Sinais de alerta e quando procurar ajuda
Caso a moleira esteja constantemente abaulada, mesmo quando o bebê não estiver chorando ou agitado, isso pode indicar pressão intracraniana elevada. Por outro lado, se estiver muito afundada, é possível que o bebê esteja desidratado ou recebendo líquidos insuficientes.
Portanto, mudanças persistentes que não voltam ao normal, associadas a sintomas como febre alta, rigidez no pescoço, convulsões ou outros sinais neurológicos, exigem atenção médica imediata. Em todos os casos, é essencial levar essas observações ao pediatra, pois o diagnóstico precoce pode evitar complicações mais sérias.