Já parou para pensar de onde vem a preferência do seu bebê por um alimento ou outro? Segundo John Prescott, psicólogo australiano e Ph.D em psicologia experimental, estudos revelam que essa escolha vem desde a gestação. As crianças demonstram preferências para sabores de alimentos presentes na dieta da mãe quando grávida. “Esse fato nos leva a concluir que há uma maturidade pré-natal dos sentidos gustativos e olfativo”.
Durante a amamentação, as preferências do bebê estarão ligadas ao que a mãe consome. Isso é comprovado a partir do momento em que a criança começa a consumir alimentos sólidos. Mas não há dúvidas de que elas preferem alimentos doces a gostos amargos e azedos. “Quando a criança é exposta ao gosto adocicado, ela reproduz sinais de prazer. Por outro lado, os gostos amargos e azedos produzem expressões faciais de rejeição”, completa o especialista.
As respostas do bebê ao Umami (um dos cinco gostos básicos do paladar humano) são mais complexas. Umami é percebido quando aminoácidos e nucleotídeos dos alimentos interagem com as células gustativas. O leite da mãe é doce e rico em glutamato, um aminoácido responsável pela formação do umami, então a criança tem contato e experimenta esse elemento logo nas primeiras horas de vida. “A preferência por glutamato em alimentos é interpretada como um sinal da importância deste aminoácido para o nosso metabolismo”, comenta Prescott.
Vale lembrar que variar a dieta quando seu filho é pequeno irá refletir na aceitação alimentar dele quando adulto. “A ausência de alguns alimentos pode fazer com que a criança não desenvolva boa aceitação por certos gostos ou sabores”, afirma o especialista.
Leia também:
Fofura do dia: bebês experimentam alimentos pela primeira vez
Especialistas recomendam suco só após 12 meses de vida
Fotos do chá de bebê da Beyoncé (com a barriga enorme) quebram a internet