Sabemos a importância de manter a caderneta de vacinação dos nossos filhos em dia, e de preferência, em um lugar seguro, até porque ela vai ser útil até a vida adulta.
Mas, o que fazer em caso de perda do documento? O primeiro passo é ir ao local onde foram feitas as vacinações, pois lá deve haver o registro da criança e sua ‘caderneta espelho’, histórico que serve para retirar uma segunda via. Caso a criança tenha tomado vacinas em vários postos de saúde, devem-se pedir as informações em cada local. É um trabalho, sim, mas vale a pena e, mais que isso, é necessário.
Jucilane Tietz, mãe de João Lucas, perdeu a caderneta do filho quando ele estava com apenas 6 meses de vida. Ela conta que foi orientada por amigas a pedir o cartão espelho no posto e que nunca tinha sido orientada em caso da perda. “Quando percebi a perda, fui rapidamente ao posto e pedi uma segunda via”, disse.
Se você perdeu a caderneta, mas não tem como resgatar o histórico de vacinação por motivos diversos, leve seu filho ao posto de vacinação (aproveite a Campanha de Atualização que vai até o dia 31 de agosto!). Lá o médico irá avaliar a situação e encaminhar as vacinas necessárias.
Segundo o infectologista Ricardo Cunha, o profissional tem de avaliar as necessidades da criança na conversa com os pais e captar informações sobre as vacinas tomadas, a última dose etc. “Mas, se o médico percebe uma insegurança nos pais, ele orientará que se comece ‘do zero’, indicando aquelas que considerar importante. O médico traça o perfil da criança e, talvez, recomende tomar tudo de novo”, explicou o infectologista.
Dicas de mães: da gaveta de documentos à digitalização
Algumas mães (ou todas elas) têm suas formas de guardar a caderneta. De maneiras diferentes, desde as mais tradicionais, até as mais moderninhas, nossas entrevistadas concordam em uma coisa: a gaveta ou mesmo a pasta específica para documentos de toda a família é a ‘salvação’ de qualquer mãe. “Eu coloco em uma pasta com todos os documentos das meninas, dentro da minha gaveta de arquivos e documentos”, disse Ana Cecília Lechugo, mãe de Mariana e Monica. E é o mesmo segredo de mães com filhos já crescidos. “A Marcelle está com 19 anos e tem a carteirinha até hoje. Sempre deixei guardada na pasta dos documentos, numa gaveta”, conta Magaly Soares, mãe de Marcelle.
Outras mães preferem ferramentas modernas para salvar as informações como escanear a carteirinha e guardar a cópia digital. É o que faz Larissa Purvinni, mãe de Carol, Duda e Babi. “Eu escaneio e deixo salvas as três cadernetas no meu computador. Cada vez que atualizam as vacinações, eu vou salvando atualizada”, conta ela. “É uma ótima forma de garantir as informações e não perdê-las”, completa.
Marina Cugler, mãe de Pedro, também deixa a caderneta salva no computador. “Além de prático, é útil, já que a escolinha costuma pedir, por exemplo”, conta.
Já Vanessa Torres, mãe de Bruna e Fernanda, também utiliza o velho e bom recurso da pasta dos documentos, mas tem uma “reivindicação” que acredita que iria acabar com os problemas “Acho que já está na hora de ter uma carteira de vacinação virtual, salva na nuvem ou acessível online através do site da Secretaria de Saúde! E a ideia vale para a certidão de nascimento! Quem sabe não criam logo os cartórios online, com usuário e senha para baixar em pdf? Ideal!”, brinca.
As dicas são universais e ajudam na hora de lembrar ‘onde é que eu coloquei mesmo?’. Agora, é correr com as crianças até os cinco anos de idade para os postos de saúde para a atualização que vai até o dia 31 de agosto e guardar com segurança a caderneta e as dicas, claro.