Quando o assunto é cocô de recém-nascido, uma coisa é certa: cada bebê tem seu próprio ritmo. Pode parecer confuso no começo, especialmente com tantas trocas de fralda por dia, mas entender o que é normal (e o que não é) ajuda a evitar preocupações desnecessárias.
Não existe um número exato de cocôs por dia que todo recém-nascido precisa fazer. Enquanto alguns bebês fazem várias evacuações ao longo do dia, outros podem passar um ou dois dias sem dar sinal algum na fralda. E isso não significa necessariamente que algo está errado.
O importante é observar o todo: o bebê está ganhando peso? Está mamando bem? As fraldas de xixi estão sendo trocadas pelo menos seis vezes ao dia? Se a resposta for sim, é sinal de que ele está bem alimentado e hidratado, mesmo que o cocô não apareça todos os dias.
Quando vale investigar mais de perto
Se ainda não for possível saber se o bebê está ganhando peso, e ele estiver com evacuações muito espaçadas, o ideal é consultar um profissional para avaliar se a amamentação está sendo suficiente. Isso ajuda a garantir que o intestino dele esteja funcionando da forma esperada e que não haja nenhum sinal de alerta.
Mais do que a frequência, o que realmente importa é a consistência das fezes. Cocô muito duro ou seco pode indicar prisão de ventre, e isso vale mais do que contar quantos dias se passaram desde a última evacuação. Além disso, se o bebê estiver desconfortável ou com a barriga inchada, é sinal de que algo pode estar fora do esperado e o acompanhamento com o pediatra se torna essencial.
Fórmula ou leite materno: isso faz diferença?
Sim, faz. Bebês alimentados com fórmula de leite têm mais tendência a apresentar prisão de ventre. Já aqueles que mamam exclusivamente no peito geralmente evacuam com mais frequência, pelo menos nas primeiras semanas. Mas, mesmo entre os bebês que mamam no peito, é comum que a frequência mude com o tempo.

Aliás, não é raro que um bebê que fazia cocô várias vezes por dia no primeiro mês passe a evacuar a cada três ou quatro dias no segundo mês. E quando finalmente evacua, pode vir tudo de uma vez: fezes bem líquidas e em grande quantidade. Acredite, isso pode ser totalmente normal.
A transformação do cocô ao longo dos dias
Nos primeiros dias de vida, o cocô do bebê é grosso e esverdeado. Isso acontece por causa do mecônio, uma substância que fica no intestino durante a gestação e que vai sendo eliminada aos poucos. Conforme o bebê começa a se alimentar, o corpo termina de expelir o mecônio e o cocô ganha uma nova cara: amarelo, pastoso e com cheiro característico.
E sim, a cor pode mudar bastante. Essa variação depende de vários fatores, como a alimentação da pessoa que amamenta, o nível de hidratação do bebê e até o tipo de fórmula que ele está ingerindo. Por isso, a dica é não se assustar com as mudanças e, se surgir alguma dúvida, procurar orientação médica.
De olho no que realmente importa
No fim das contas, a dica de ouro é observar o bebê como um todo. Se ele está se desenvolvendo bem, mamando, ganhando peso e fazendo xixi normalmente, não há motivo para alarde, mesmo que o cocô demore um pouco para aparecer.
A consistência das fezes e o conforto do bebê são os principais termômetros para saber se tudo está indo bem com o intestino. Se surgir qualquer desconforto ou mudança fora do comum, é hora de conversar com o pediatra, nada de tomar atitudes por conta própria.