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Início Ela diz, ele diz

Família em quarentena: é momento de resolver problemas e não criar novos

Por Ana Cardoso e Marcos Piangers
27/06/2020
Em Ela diz, ele diz
Laços de família na quarentena: momento para resolver problemas e não criar novos

Laços de família na quarentena: momento para resolver problemas e não criar novos iStock

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Laços de família na quarentena: momento para resolver problemas e não criar novos (Foto: iStock)

Ele: Um problema todo nosso

O áudio chega com um emoji de risada. “Mais um pai estressado”, alguém escreve. É mais um áudio de uma mãe, ou um pai, falando que não aguenta mais ter filho. “Não aguento mais aula online”, “não suporto mais brincar com meu filho”, “não quero mais estudar com criança!”, “não aturo mais dar comida pra criança”. Lembro de um áudio de uma mãe que descobriu que os filhos comiam demais. “Eles parecem uma draga!”, ela diz. Outro da mãe que não suportava mais ouvir os filhos gritarem “mãe!”. Outro do pai que tinha rodado três vezes na quarta série: “Quando eu era criança odiava escola. Agora, tenho que estudar tudo de novo? Eu não! Já passei dessa fase”, diz o homem. Todos os áudios chegam com uma risada, as pessoas do grupo acham graça.

Eu, que acho graça de tanta coisa, não consigo rir. Amo vídeos fofos de crianças, bebês, filhos falando ou fazendo coisas bonitas e surpreendentes. Só não consigo achar graça de pai que sacaneia filho. Aqueles vídeos de pais que jogam o bolo de aniversário na cara da criança, sabe? Ou as mães xingando os filhos. Me dá uma dor quando vejo isso e não consigo achar graça.

Estou me abrindo aqui com você: é simplesmente o que eu sinto, não uma cobrança para que todo pai ame a parentalidade o tempo todo. Acredito que ninguém está feliz o tempo todo com os filhos e que essa época de quarentena é ainda mais estressante. Contudo, acredito que nossos sentimentos são sinais de alerta para melhorar o que está quebrado. Acho que é papel dos pais respirar fundo, exercitar a calma, entender as crianças, formá-las. Entendo a necessidade de alívio cômico no dia a dia (adoro a fantástica capacidade do brasileiro de fazer graça nesse momento de caos na saúde e na economia), mas não acho graça de pai cansado de ser pai. De saco cheio de educar os filhos. Descobrindo que o filho é chato.

Nesses momentos, é hora de conversar e acertar os ponteiros. Não gravar áudio pra mandar pros amigos. Talvez eu seja mesmo um chato e, para muita gente, esses desabafos aliviam o peso da vida em família no confinamento. Porém, esse tipo de declaração também legitima o descaso. Empodera o pai relapso. Incentiva outros pais a fazerem o mesmo. Valida a terceirização da educação (e coitadas das professoras).

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Se a gente não consegue educar nosso filho único, ou nossos dois ou três filhos, coitados dos professores que têm que educar trinta, quarenta alunos todos os dias. E com a cobrança dos diretores da escola e dos pais. Se o confinamento é mesmo essa tortura toda, imagine para os educadores que passam de segunda a sexta com nossos filhos. E para os que dizem “o problema é deles!”, eles que escolheram ser professores, penso em nós mesmos, que escolhemos ser pais.

Usar a convivência para melhorar os relacionamentos, não para buscar defeitos (Foto: iStock)

Ela: A casa que habito

Aconteceu. Como numa síndrome de Estocolmo, me apaixonei por onde estou confinada. Talvez, quando voltar a sair, tenha que levar objetos de transição. Como crianças adaptam-se à creche levando bichinhos e paninhos de dormir. Será que cabe um cacto no carro, uma chaleira na bolsa? Acomodarei tapetes de yoga no bagageiro superior ou “embaixo do assento à sua frente” nos aviões? Depois de tanto tempo brincando de Família Schurmann ancorada, novas e boas dinâmicas se desenharam aqui em casa. Acordamos tarde, cada um faz as suas tarefas. Eu cozinho. O almoço sai só lá pelas 14h, às vezes até depois disso. Eles lavam a louça e limpam a cozinha.

De tarde, a programação varia. Normalmente os adultos fazem reuniões e escrevem enquanto as crianças brincam. Às cinco a gente avalia se rola dar uma volta pelo bairro, de máscara. Os humores oscilam. As discussões rareiam. De noite pode ter treta. As crianças ficam agitadas e os adultos estão cansados, especialmente em dias de mercado e desinfecção de pacotes e sacolas. Como cansa. Quando alguém vai inventar a máquina de lavar compras? Mesmo sem combinar, a gente tem evitado brigar. O mal-humorado ou belicoso do dia reserva-se o direito de reclamar ou ficar mais calado. Passa. Tudo passa (menos essa quarentena).

Tenho uma amiga que não discute com o marido no isolamento. Quando percebem que vão brigar, jogam para o acaso e decidem tudo na base do par ou ímpar. Sem debates, diálogo e muito menos briga. Tem funcionado pra eles. Sempre gostei da escola das meninas, daquela rotina.

Não é fácil coordenar os estudos das crianças com as nossas atividades. Dividir computador, cômodos ou pesquisar conteúdos que já eram chatos no nosso tempo. Outro dia ensinei a Anita a fazer distribuição eletrônica com elementos da tabela periódica. Quando ela chegou com um caderno cheio de cossenos e tangentes me bateu desespero. Algumas famílias têm brigado muito.

O convívio intensivo acelera alguns processos. Dizem que os divórcios aumentam quando o isolamento termina. Aqui, o problema será outro. Me tornei tão caseira que o difícil vai ser sair de novo. Me separar, não do marido ou das filhas, nem pense nisso, não está nos meus planos. Mas, já sofro por antecipação de abandonar esse novo ente familiar, a casa.

Moral: “Pais e mães que mal viam seus filhos e pouco conviviam entre si, agora precisam aprender a resolver seus problemas antigos e não criar novos”

Tags: Ana CardosoComportamentoFamíliafilhosMãeMarcos PiangerspaiquarentenaRevista Pais&Filhos
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