No mundo todo, cerca de 40% das gestantes afirmam que não planejaram aquela gestação. É um número assustadoramente alto, tendo em vista a ampla gama de métodos contraceptivos disponíveis. E no Brasil, um grande estudo realizado com mais de 24 mil mulheres mostrou números ainda piores: 55% de gestações não planejadas.

Além disso, estima-se que cerca de 500 mil abortos clandestinos são realizados a cada ano no Brasil, como resultado de gestações indesejadas, e infelizmente muitas dessas mulheres acabam tendo complicações graves desses procedimentos, incluindo a morte.
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A anticoncepção ou planejamento familiar é algo muito básico pra quem lida com a saúde feminina, já que engravidar é uma das maiores mudanças na vida de uma mulher, e pode ser avassaladora quando ocorre num momento inadequado. E essa não é uma questão somente de populações pobres: mesmo entre mulheres com amplo acesso aos recursos da medicina, as taxas de gravidez não planejada ainda são altíssimas.
Culturalmente a anticoncepção ainda é muito baseada nas pílulas e camisinha, métodos que tem as piores taxas de eficácia. Isso porque, sejamos realistas: por mais importante que seja o uso do preservativo (para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis), e nós, ginecologistas, sempre martelamos nessa tecla, na hora “H” é extremamente comum que a camisinha não esteja disponível, seja deixada de lado ou usada inadequadamente (do meio para o final da relação).
Já as pílulas anticoncepcionais têm boa eficácia se usadas da forma correta. Entretanto, as taxas de falha são altíssimas no mundo todo (beiram os 20%) por conta do uso inadequado, como esquecimentos. Pílulas do dia seguinte são muito populares, mas também não têm uma eficácia tão alta e deveriam ser reservadas para uma situação realmente emergencial.
Os métodos anticoncepcionais mais recomendados no mundo são os métodos reversíveis e de longa duração: os DIUs e implante hormonal subcutâneo, já que tem eficácia altíssima (comparável à laqueadura e vasectomia, mas são reversíveis), duram de 3 a 5 anos e por serem implantáveis, não padecem do risco de esquecimento. E pouca gente sabe que os DIUs também podem ser usados como contracepção de emergência, se inseridos até 4 dias depois da relação, com eficácia muito maior do que a pílula do dia seguinte.
Também são os métodos que têm melhor avaliação por parte das usuárias, nos estudos que analisam a taxa de satisfação com os métodos contraceptivos, apesar de existirem, sim, algumas mulheres que não se adaptam tão bem a eles. Recomendamos, portanto, a todas as mulheres que busquem informações sobre esses métodos e considerem como primeira alternativa para ficarem realmente seguras e protegidas de uma gravidez não planejada.
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