Coluna

Comunidades na internet: cadê o lado bom da força?

(Foto: iStock)

Publicado em 17/05/2024, às 11h26 por Dra. Ivanice Cardoso


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Os últimos meses me colocaram muito pensativa sobre a força das comunidades na internet. Aliás, a internet só se tornou essa potência hiperpopularizada graças às redes sociais.  Eu participo de grupos de “desapegos”, gestores escolares, troca de livros, dentre outros. Hoje mesmo eu ingressei numa comunidade de profissionais ligados ao tema de Privacidade e Proteção de Dados.

Nas comunidades eu aprendo, troco e enriqueço muito o meu olhar, com intenções bem definidas. Nem sempre as comunidades na internet são organizadas. Algumas ficam como aquelas festas em que um chama o outro e, de repente, tem mais gente dentro da festa do que se planejou. Organização zero, ofensas, gente com interesses e intenções não tão boas. Mas no geral, com regras claras, elas são um espaço muito potente.

As comunidades online podem ser usadas para o bem - (Foto: Shutterstock)

 

Até pouco tempo essas comunidades eram acessadas por pessoas mais adultas. Mas com a abertura de plataformas e games com chats interativos, vemos um movimento de grupos de interesses comuns se formando com a ampla participação de crianças e adolescentes. E o que eles comentam, compartilham e colaboram nos grupos não tem absolutamente nada de inocente ou bom.

Nos últimos meses vimos comunidades virtuais recheadas de pré-adolescentes e adolescentes, dando suporte e inspiração nos eventos de ataques a escolas no Brasil, por exemplo. Grupos em plataformas como Twitch ou Discord que se reúnem com o objetivo de causar dano, dor e prejuízos a públicos-alvo, colaborar com crimes pequenos ou de grande impacto.

O problema, nesse caso, não são somente as plataformas, mas uma mistura de falta de ética das plataformas somadas à presença de crianças e adolescentes completamente desassistidos pelos seus responsáveis. Diante disso, acho que temos grandes desafios, certo? O primeiro é fazer o nosso papel de supervisão e mediação dos nossos filhos em ambientes virtuais. Na ausência desse acompanhamento, a família sente no bolso e na alma os impactos por não desempenhar o seu papel.

O segundo é entender, definitivamente, que a internet não é um espaço desenhado pensando em segurança para infância e adolescência. A segurança mínima depende da nossa atuação e prevenção, inclusive cobrando as plataformas e poder público sobre segurança e proteção na internet.

Converse muito e instrua, intencionalmente, a sua criança sobre limites, respeito e consequências boas ou más. E, com a mesma intencionalidade, deixe claro que, se não é aceito no espaço presencial, no espaço cibernético muito menos. E se ficou pesado fazer tudo isso sozinho, busque apoio em comunidades de pais e mães. Juntos podemos fazer da internet um espaço acolhedor e positivo, em que o lado bom da nossa força exista e impacte positivamente a todos.

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