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Início Se eu pudesse eu gritava

Para contar das lembranças dos equívocos nos primeiros meses tornando-se Mãe

Por Tatiana Schunck
11/11/2013
Em Se eu pudesse eu gritava

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Meu filho devia ter um mês, mais ou menos. Naquela quarta-feira eu havia acordado completamente ausente. Perdida mesmo em pensamentos e devaneios infantis de um repertório emocional meu, já antigo e aprisionado. Desse tipo de pensamento que dá nó e volta em si mesmo. Troquei o bebê umas duas vezes porque o tinha vestido com as roupas trocadas, o body que era para ficar por cima estava por baixo e o body de baixo estava em cima, tudo torto, não cabia assim. O bebê me olhava com ternura de início, mas com cara de: que é isso mamãe? E, por fim, choradeira louca de quem reclama por algum adulto responsável por perto… Algum adulto por aí??? Pronto! Resolvido! Coloquei uma combinação já conhecida e usada nele por diversas vezes. 

Sempre achava que devia experimentar novas roupas, as da gaveta de baixo, mas quando via já havia colocado “o de sempre”. E as roupas diferentes, da gaveta de baixo, ficavam pequenas sem que ele as tivesse usado… É assim, ele pagava o preço por se mexer demais no trocador, por sorrir demais ou por chorar demais. Mas, voltando ao ter acordado perdida… Peguei o celular e tentei agendar algum encontro, enviei uma mensagem para uma mãe amiga com filho de um ano e perguntei: o que vão fazer hoje desde agora? Desde agora, penso? Que desespero… Ela respondeu depois de alguns minutos que estava trabalhando. Trabalhando? Como assim? O que é isso? E eu? Tenho trabalho? Aiaiaiaiaia…. Os devaneios do repertório emocional aproximaram-se de seus antigos postos em mim, colaram-se em meu contorno. Contorno? Ahahahahahah. Segurei a onda e continuei a tentativa de outro encontro com outra mãe de filho bebê para não me sentir tão deslocada do mundo real, melhor chamar por alguém que se encontrava assim também, no puerpério das alturas. Que coisa pouca, não? E também para não ficar sozinha mais um dia inteiro com o bebê, pois devo confessar: cansa a dedicação total ao filho.

Liguei para essa outra amiga, ela me convidou para almoçar amanhã e não tocou no assunto HOJE. Ok, entendi, hoje não dá. Outra tentativa com outra amiga, ela não atendeu e enviou mensagem dizendo que estava cheia de trabalho… Epa… Mais um tanto do repertório emocional aprisionante vindo me enforcar. Vesti uma roupa que parecia bonita e disse ao marido: vou com você. Sorri. Não disse que estava triste por me sentir assim: só mãe, sem perspectiva de trabalho e culpada por estar atazanando o dia dele. Fomos. Tivemos uma primeira parada para um freela dele, esperei no carro, pois o bebê dormia, fiquei no sol lendo e relendo minhas mensagens de texto no celular. Aproveitei para apagar algumas antigas enviadas e recebidas, pensei que seria bom ver meu email, mas não tinha internet no meu aparelho. Eu mesma decidi rir comigo dessa ideia genial: sair para ficar no carro! O bebê ainda dormia. Daí, ouvi sua respiração e vi seu semblante tão encantador. Parei ali, um tempo nessa perspectiva sorrindo de leve. Que satisfação. Segunda parada: cartório. O marido precisava reconhecer firma, dessa vez desci do carro e fiquei no sol com o bebê que acordou. De repente, em frente à porta do carro, me vi refletida na janela de vidro da porta. Vi um corpo desajeitado, grande e cheio de furinhos bem juntinhos agarrados para sempre numa calça branca quase justa com dois pneuzinhos boiando nas laterais… Ave Maria! Sou eu! Que roupa é essa, santo deus? Como saí de casa vestida assim? Senti-me completamente equivocada na escolha e quis me esconder em um canto qualquer. Lembrei que tinha uma bermuda de coton preta no carro, sei lá pra que, não pergunte. Entrei no carro, coloquei o bebê na cadeirinha e a vesti de forma rápida e segura. As mulheres tem esse dom de trocar de roupa em qualquer lugar por uma boa causa. Desci do carro, coloquei-me novamente em frente ao vidro da janela da porta e me vi: ou melhor, vi os furinhos sendo percebidos por baixo do tecido preto justo e, pior, vi as coxas que apareciam em nudez ordinária com seus furos mal agradecidos em frente ao mundo. Que horror. Lembrei-me de uma blusa azul de manga cumprida do marido no carro, voltei ao carro e vesti a calça branca de antes e amarrei a blusa azul cumprida do marido na cintura. Lembro-me de fazer isso no colegial para esconder os dias de menstruação… Aiaiaiai… Quão mais ridícula poderia ficar? 

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Chegamos ao trabalho do marido, eu enfiada cara abaixo em mim mesma, entristecida de forma específica com esse corpo estranho de mãe nova, sem trabalho, sem dinheiro, cheia de furinhos. Permaneci ali em culpa de quem não sabe ser ninguém por hoje. Fiquei na obscuridade anônima e aguardei o dia passar. Na volta, senti-me aliviada por retornar ao lar e saber que poderia ser alguma coisa mais clara por reconhecer meus arredores. Dá para entender esses dias desalmados? Onde colocar nossas pequenas humilhações ordinárias? E por que diabos não ganhamos, junto ao filho quando nasce, um armário de roupas novas para usar, um pouco mais de paciência, tranquilidade e algum refúgio para pausar a vida urgente quando se torna mãe e ainda não se sabe o que virá? Resposta: melhores tempos. 

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