Por aqui o clima é de férias total para as crianças, já nós adultos (risos)… É um rebola daqui, rebola de lá, tentando equilibrar todos os pratos. Mais alguém? Em Janeiro nossos filhos costumam participar de algumas temporadas de acampamentos, o que significa passar longas horas nas estradas.
Em uma dessas viagens, somente eu e a Nina no carro (nossa filha de 8 anos), aproveitamos para ouvir músicas que “os meninos” da casa não curtem muito: a trilha sonora de musicais “adorados”!
Trago aqui uma pequena reflexão com base em 3 histórias que muito provavelmente você já conheça (se não conhece, vale a pena, viu! É o que diz meu duvidoso gosto musical!): O Rei Leão, Encanto e Moana.
Cada uma tem seu valor e pode nos ajudar a identificar um jeito de viver que nem sempre condiz com o quem realmente somos, nem com a vida que queremos construir aqui e agora.
Começo com Simba, o Rei Leão. Circunstâncias o levam a conhecer e se adaptar ao modo Hakuna Matata de viver. Como se os problemas simplesmente não existissem, ele segue tocando com a barriga, sem de fato enfrentar suas responsabilidades, ao ponto de esquecer quem era – um Rei! O preço é alto. Aproveita-se um pouco, mas nesse modo é impossível experimentar a plenitude da vida.
A Luisa Madrigal é a segunda personagem que gostaria de destacar. No filme Encanto ela é a irmã mais velha da Mirabel e, dentro da família tem uma força e um poder sobre-humanos. Fortona como ninguém ajuda a todos sem questionar se é pesado demais. Com um porte físico incrível, parece que nasceu para suportar todo o fardo (!). Mesmo nervosa e ansiosa, segue cautelosa na sua corda bamba, com o sentimento de que se não for generosa, ficará ociosa… Qualquer semelhança é mera coincidência.
Detalhe, a Luisa é a personagem favorita da Nina! Oi?! Já volto a falar sobre isso. A terceira personagem é a querida Moana. Uma das princesas mais queridas dos últimos tempos, sempre à beira da água querendo se jogar no mar. As regras da tribo e, do seu pai, não a permitem explorar novas ilhas. Mas o seu chamado é tão forte que ela se torna uma transgressora. Enfrenta as crenças limitantes da família e, com o apoio duvidoso de um semi-deus, somado ao instinto ancestral (sua avó está sempre por perto) segue rumo “ao desconhecido”. Ela não só vive o seu propósito, como salva seu povo!
Quando assisto esses filmes, sou meio mãe, meio criança… Choro e dou muitas risadas! Me permito sentir e voltar em questionamentos pessoais.
Nessas férias tenho investido um tempo especial em estar conectada com minha essência. Da mesma forma que vejo com clareza que, parte da minha missão como mãe de uma menina, posso viver uma vida que autoriza minha filha a entender que as vezes os pratos caem. Ser generosa é muito bom e importante, tanto quando estar ociosa.
Temos um Novo Ano apenas começando. No corre da vida podemos nos perder facilmente em meio as tarefas “da tribo”, dos papeis que escolhemos viver. Às vezes, as dores do passado que amorteceram o coração – que prefere seguir num “modo seguro” – não satisfazem mais… O mar nos chama.
Será que eu vou? Eu dicidi ir com medo mesmo. Em 2024 eu escolho fazer o que me faz sentir viva, porque é disso que o mundo mais precisa: Pessoas VIVAS, conectadas com a VIDA. Quem vem?