Num mundo onde a Emergência Climática já é realidade, cresce também uma urgência – associada a centenas de milhares de boas ações – para mudarmos a rota. Está claro para a ciência (e para muitos leigos como eu) que a forma como habitamos a Terra nas últimas décadas tem alimentado nossa própria tragédia.

Felizmente somos tão abençoados como raça humana, dotados de imensa inteligência e capacidade para, unidos, restaurarmos parte do que se foi. Na outra ponta, infelizmente, em meio a tantas iniciativas incríveis (pesquisas, projetos governamentais e privados, novas tecnologias…) que vem tomando corpo, com real potencial para mudar a história, nos deparamos com o tal do “greenwashing”!
O termo em inglês pode ser traduzido por “lavagem verde”, mas a ideia da expressão está mais próxima de um tipo de “maquiagem verde”. Ela existe para camuflar, mentir ou omitir informações sobre os reais impactos de uma atividade, serviço, ou produtos de uma empresa no meio ambiente.
Não é difícil encontrar, por exemplo, nas prateleiras do supermercado, produtos de limpeza, higiene pessoal, ou até alimentícios, um “design encantador”. Uma imagem da natureza, a palavra ECO, tons terrosos e até mesmo o próprio verde, passando a ideia de que levamos para casa algo saudável.
O greenwashing também se faz presente na moda, em artigos para casa, na propaganda de instituições financeiras, etc. Ele está em toda a parte. Abrindo um pouco do meu esperançoso coração, eu realmente acredito que, na maioria das vezes, por trás de cada iniciativa há alguém que luta para fazer o bem. Mudar a rota dos grandes poluentes leva tempo. E sou a primeira a levantar a bandeira de que sim, eles devem começar a mudança de algum ponto. Por favor, comecem! Falei um pouco mais sobre isso AQUI.
Por outro lado, não devem abrir mão da transparência e, muito menos, tentar dar uma cara verde para algo que, de verde não tem nada. Por isso peço a sua atenção. Leia rótulos. Questione. Envie e-mails ou fale diretamente com os diversos tipos de fornecedores que passarem por você. Recuse-se a contribuir com este tipo de conduto. Se preciso, denuncie!
E se você quer mudar de rota, na sua casa, na sua empresa, na sua vida, saiba que não está sozinho. Somos muitos. Peça ajuda. Dê as mãos para alguém que, de repente, está um passo à frente. Juntos vamos mais longe.