Outubro é um mês de muitas conscientizações. Além do Outubro Rosa, tem uma galera que dedica os 31 dias do mês para criar e promover muita informação sobre o Consumo Consciente. Uma questão bem central que mudou dentro de mim quando iniciei minha “Jornada Sustentável” foi trazer a responsabilidade para mim, para nossa casa.
Primeiro, passei a questionar a própria palavra consumo. Consumimos o quê? Quanto mais do Planeta Terra temos para consumir? De forma que passei a me sentir desconfortável diante da palavra consumidor. Luto para que cada vez menos seja possível encaixar-me nela. Como assim Nicole? Nós consumimos o tempo inteiro. Pois é! Aí vai meu segundo ponto. Consumimos quando encaramos a natureza como um recurso. Se eu sou parte da natureza, logo, não posso mais vê-la ou tratá-la dessa maneira.
A natureza é um bem! Um bem precioso, múltiplo, diverso. Quando nos entendemos como “pedaços” dela, a exploração, o desmatamento, os venenos, a extração, o desperdício não cabem mais. Vivemos um outro tempo. A emergência climática deixa claro e ainda nos dá um certo espaço para refletirmos e criarmos um jeito diferente de viver.
Terceiro, esses “espaços” estão diminuindo dia pós dia. Eventos que aconteciam há cada 50 anos, passaram a acontecer a cada 25, a cada 10, e agora a cada 5… Como escreveu David Wallace-Wells no livro “A Terra Inabitável. Uma história do Futuro”. A ciência já afirmou com todas as letras, em relatórios como o IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – que a causa somos nós para tamanhos avanços das mudanças no clima.
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Ou seja, voltamos para o consumo. Sim, ele é uma realidade cruel e ameaçadora. E “ele” somos nós! Quem define quais produtos vão encher as prateleiras dos supermercados e as araras e prateleiras das lojas? Somos nós. E se você está comigo na “ponta de cá”, reduzindo sua pegada, desperdiçando menos, reutilizando o que você tem, compartilhando mais…
Aí quem sabe poderemos ter mais espaço para dar mais espaço para que a regeneração da natureza aconteça, que as lixeiras desapareçam e, que a palavra consumidor se esvazie de sentido. Concluo indicando o trabalho do Instituto Akatu que sempre produz conteúdos relevantes dentro deste tema. Conheça mais aqui!
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