As férias escolares acabando, as aulas recomeçando, e para muitas mães, é como se suas “férias” finalmente tivessem início. Durante a pandemia, ficou evidente a falta que as escolas fazem — não só para as crianças, para as famílias, mas também para a economia. Sempre enxerguei a escola como um pilar de sustentação fundamental, uma rede de apoio que vai além da educação das crianças e se estende às famílias como um todo.

Exercer a maternidade, a paternidade, não é tarefa fácil, especialmente para as mães. Fazemos parte de uma cultura que nos ensina a crer que a maternidade é uma experiência de beleza e felicidade e a criação de filhos acontece com facilidade e encantamento.
Como tentar equilibrar a rotina, planejar o lanche saudável, checar as vacinas, acompanhar a escovação dos dentes, organizar o material escolar, garantir presentes para os aniversários dos colegas, responder a uma enxurrada de mensagens de grupos diversos? Isso é parte de um cenário que explica o esgotamento mental tão frequentemente relatado pelas mulheres.
Não posso deixar de considerar a relação dos pais e filhos, que também tem os seus muitos encantos, entre eles a motivação e o sentido da vida, o quanto o investimento afetivo transmite para outras gerações, onde quem vai, segue vivo no coração de quem fica.

Agora, com o retorno das aulas, surge mais um desafio: como lidar com as mudanças nas escolas, como a proibição do uso de celulares? Sustentar esses limites em casa é uma tarefa que exige alinhamento com os professores, que, por sua vez, enfrentam a árdua missão de manter esse equilíbrio nas salas de aula.
Diante de tudo isso, o retorno às aulas se apresenta como um convite — e talvez um alerta — para estreitarmos os laços entre famílias e escolas. Nunca foi tão crucial que pais, mães e professores trabalhem juntos. Essa parceria é a chave para enfrentar as complexidades da educação e, acima de tudo, beneficiar aqueles que mais importam: nossos filhos.
Ao iniciarmos mais um ano letivo, que possamos fortalecer essa união, respeitando os limites que precisamos estabelecer, compreendendo os desafios dos professores e reconhecendo a escola como um espaço de acolhimento e transformação. Só assim poderemos aliviar o peso invisível que tantas mães carregam e criar uma base sólida para que nossas crianças cresçam felizes, saudáveis e preparadas para o futuro.

Uso de celulares nas escolas: entenda a nova proibição
A partir do ano letivo de 2025, escolas de todo o Brasil terão novas regras para o uso de celulares em sala de aula e até mesmo nos intervalos. A medida busca reduzir distrações e melhorar o desempenho acadêmico dos estudantes, especialmente após pesquisas apontarem que o uso excessivo de telas impacta negativamente a concentração e a aprendizagem.
A proibição, no entanto, não é absoluta. O uso do celular será permitido em situações de emergência e para fins pedagógicos quando autorizado pelos professores. Cada escola terá autonomia para definir como será o armazenamento dos dispositivos durante as aulas, na intenção de garantir um ambiente mais focado no aprendizado.