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Início Colunas Por trás da dor

Afinal de contas, estar acima do peso causa dor? Qual a relação entre obesidade e dor?

Por Dr. Carlos Marcelo de Barros
27/04/2025
Em Por trás da dor
(Foto: Freepik)

(Foto: Freepik)

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A obesidade é uma condição complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, trazendo consigo uma série de desafios para a saúde. Um desses desafios, muitas vezes subestimado, é a dor crônica. Embora muitos associem o excesso de peso principalmente a questões estéticas ou ao risco de doenças cardiovasculares, há uma ligação biológica direta entre a obesidade e o aumento da percepção de dor. Vamos explorar como o excesso de peso pode contribuir para a dor, tanto de maneira inflamatória quanto mecânica.

A conexão biológica: inflamação crônica e síndrome metabólica

A obesidade está intimamente ligada à síndrome metabólica, um conjunto de condições que inclui pressão alta, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura abdominal e anormalidades nos níveis de colesterol. Uma característica marcante da obesidade é a inflamação crônica de baixo grau. O tecido adiposo, especialmente quando acumulado em excesso, não é apenas um depósito passivo de gordura; ele é biologicamente ativo e atua como um verdadeiro “órgão” endócrino, liberando uma série de substâncias pró-inflamatórias conhecidas como citocinas.

Essas citocinas, como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e a interleucina-6 (IL-6), promovem a inflamação em todo o corpo. Essa inflamação sistêmica afeta não apenas o metabolismo, mas também amplifica a percepção da dor. Estudos têm demonstrado que altos níveis de marcadores inflamatórios estão associados a uma maior sensibilidade à dor. Essa conexão é especialmente evidente em condições como a osteoartrite, onde a inflamação exacerba a degradação das articulações, aumentando o desconforto e a limitação funcional.

Impacto mecânico: o peso sobre as articulações

Além dos efeitos inflamatórios, o excesso de peso coloca uma carga mecânica significativa sobre o corpo, especialmente nas articulações que suportam peso, como joelhos, quadris e coluna vertebral. Cada quilo extra pode aumentar a pressão nas articulações em até quatro vezes, acelerando o desgaste e contribuindo para condições como osteoartrite. Esse desgaste articular leva a dor, rigidez e diminuição da mobilidade, criando um ciclo vicioso onde a dor limita a atividade física, o que pode levar ao ganho de peso adicional.

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A inflamação sistêmica afeta não apenas o metabolismo, mas também amplifica a percepção da dor (Foto: Getty Images)

Obesidade, sistema nervoso e sensibilização à dor

Outro aspecto importante a considerar é como a obesidade pode afetar o sistema nervoso, levando à sensibilização à dor. A sensibilização central é um fenômeno onde o sistema nervoso se torna mais “sensível” e reativo aos estímulos dolorosos, mesmo aqueles que normalmente não causariam dor. Pessoas com obesidade têm maior risco de sensibilização central, o que significa que podem experimentar dor de forma mais intensa e difusa.

Inflamação e a ligação com outros tipos de dor

Além das dores articulares, a obesidade e a inflamação crônica estão associadas a outros tipos de dor, como a fibromialgia e dores neuropáticas, como a neuropatia diabética. A inflamação prolongada pode danificar os nervos periféricos, resultando em dor neuropática, que é caracterizada por uma sensação de queimação, formigamento ou hipersensibilidade.

Estratégias de autocuidado e manejo da dor

Controlar o peso e reduzir a inflamação são estratégias cruciais para manejar a dor associada à obesidade. Mudanças no estilo de vida, como adotar uma dieta anti-inflamatória, rica em alimentos integrais e pobres em açúcares e gorduras trans, podem ajudar a reduzir os níveis de inflamação no corpo. Além disso, a prática regular de atividades físicas, mesmo que moderadas, pode não apenas ajudar na perda de peso, mas também liberar endorfinas, que são analgésicos naturais do corpo.

Programas de perda de peso supervisionados por profissionais de saúde, que incluam orientação nutricional, exercícios e apoio psicológico, podem ser particularmente eficazes. Em alguns casos, intervenções médicas ou cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica, podem ser consideradas para ajudar na redução de peso e consequente alívio da dor.

A relação entre obesidade e dor vai além do impacto mecânico do peso nas articulações; ela está profundamente enraizada na biologia da inflamação crônica e na sensibilização do sistema nervoso. Reconhecer e abordar essa conexão é crucial para o manejo eficaz da dor em indivíduos com excesso de peso. Cuidar do corpo, adotando hábitos saudáveis, pode não apenas melhorar a qualidade de vida e reduzir a dor, mas também trazer um equilíbrio para todo o sistema corporal, promovendo bem-estar e saúde a longo prazo.

Tags: colunadorDr. Carlos Marcelo de Barrospor trás da dorSaúde
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