Nós, homens, apesar de não gostarmos muito de admitir, temos muitas dificuldades. Todo mundo espera que os homens sejam fortes e, de preferência, invulneráveis. Somos criados dessa forma e duvido que algum menino criado no Brasil nunca tenha ouvido de alguém um “menino não chora” na vida. E isso é muito mais grave do que parece.
Eu sou Thiago, pai de dois meninos e uma menina, criador do Paizinho Vírgula, e tenho a alegria de escrever essa coluna que, como o próprio nome já diz, será uma conversa de homem. Juntos, vamos refletir sobre as dificuldades e prazeres nessa jornada de uma pessoa que tenta entender o que é ser homem.
Aliás, você, cara, já se perguntou sobre isso? O que é ser homem? Duvido que já tenha se perguntado. Afinal, a maioria pensa da mesma forma: “Sou homem e pronto, ué”. Mas dentro deste contexto em que vivemos, ser homem do jeito que tradicionalmente se pensa nos impede de fazer – e sentir – algumas coisas muito importantes.
E vamos começar com o abraço. Você já percebeu como nós, homens, nos abraçamos? É um negócio muito esquisito, um abraço meio de lado, uns tapas nas costas, com o mínimo de contato possível com o outro homem. Nossos pais, na grande maioria, mesmo quando eram presentes em nossas vidas, não nos abraçavam. Portanto, esse afeto físico nunca foi algo experimentado de fato por nós na infância.
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E se olharmos mais para o passado, os nossos pais receberam ainda menos afeto físico dos nossos avós. Lembro quando eu estava conversando com um amigo, que também é pai, e ele contou que nunca havia abraçado o próprio pai. Você consegue entender isso? Um menino cresceu, virou adulto e teve um filho, sem nunca ter abraçado seu pai.
Uma das lembranças mais fortes que ele tinha com o pai foi no dia em que eles se abraçaram pela primeira vez. O momento poderia ter sido muito feliz, se não fosse a ocasião: o enterro do seu avô. As repressões às quais os homens se submetem são tamanhas que foi necessário morrer um avô para que o pai abraçasse seu filho. E tenho certeza de que você se identifica com tudo isso, porque é assim que nós, homens, somos criados.
Foi assim durante a minha vida inteira também, até eu me tornar pai de menino, e começar a pensar em todas essas questões. A cada abraço que eu dava – e dou – nos meus filhos, esse menino Thiago se cura e o homem Thiago se transforma. Pode ser assim com você também. Eu penso que a paternidade é um grande convite para os homens repensarem, ou melhor, pensarem pela primeira vez na vida sobre suas masculinidades. Mas você precisa antes aceitar esse convite.
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