Perder uma criança em um lugar público é uma situação que assusta tanto os pais quanto o próprio filho.
Embora ninguém queira pensar nisso, preparar as crianças para reagir de forma segura pode fazer toda a diferença em momentos de confusão ou medo.
Segundo a Dra Catarina Nobre, com orientações simples e práticas, é possível ensinar hábitos como chamar os pais em voz alta, memorizar números de telefone, reconhecer adultos de confiança e saber pedir ajuda.
Assim, a criança aprende a agir com segurança e confiança. Com orientação adequada, amor e repetição, os pais transformam uma situação de risco em um aprendizado de autonomia e prevenção.
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1. Chamar os nomes da mãe ou do pai em voz alta
Quando uma criança se perde, a primeira reação natural é o pânico, que pode levá-la a correr, se esconder ou gritar sem saber o que fazer. Por isso, é fundamental ensinar a usar o nome completo dos pais, e não apenas “mamãe” ou “papai”.
Além disso, a criança deve permanecer no mesmo lugar e chamar os responsáveis em voz alta, aumentando as chances de ser encontrada rapidamente.
Para treinar, faça simulações em casa, escondendo-se e pedindo para a criança chamá-lo. Explique que nunca deve se esconder em lugares públicos, mesmo que alguém diga que vai ajudá-la. Reforce que ficar no mesmo local facilita que os pais a localizem.
2. Saber o número de telefone dos pais
Saber o telefone dos responsáveis é essencial, mas memorizar números pode ser difícil para crianças pequenas. Para facilitar, transforme o aprendizado em uma brincadeira divertida, o que ajuda a criança a se lembrar mesmo sob pressão.
Você pode criar uma musiquinha ou rima com os números, fazer simulações de discagem usando um telefone antigo ou de brinquedo, ou transformar a atividade em um jogo em que a criança só “ganha” se repetir ou discar corretamente. Dessa forma, o aprendizado se torna natural e lúdico.
3. Saber o que dizer caso se perder
Além de chamar pelos pais, a criança deve saber comunicar a situação de forma clara a um adulto seguro. Frases simples e repetidas ajudam a reduzir o medo e o estresse.
Um exemplo de frase segura é: “Estou perdido(a). Minha mãe/pai se chama ___ e o número é ___.”
Para praticar, repitam juntos em voz alta até que a criança memorize. É importante explicar que sentir medo é normal, mas pedir ajuda é sempre o passo mais importante. Além disso, simular situações em diferentes ambientes, como shopping ou parque, ajuda a reforçar o aprendizado.
4. Identificar adultos seguros
Saber a quem recorrer é um passo crucial para a segurança infantil. Crianças devem aprender a reconhecer adultos confiáveis em lugares públicos.
Alguns exemplos são: pais ou responsáveis com filhos, profissionais de uniforme como policiais ou seguranças, e funcionários de lojas ou atendentes.
Para ensinar, mostre fotos e exemplos de adultos confiáveis, pratique a observação em locais reais e explique que, mesmo que alguém pareça gentil, se algo parecer errado, a criança deve procurar outro adulto seguro imediatamente.
5. O que fazer se alguém fizer ele se sentir inseguro?
Além de se perder, seu filho precisa estar preparado para situações em que alguém a faça sentir medo ou ameaça. Confiar na própria intuição é essencial.
Se alguém tentar assustar, pegar ou levar, ensine a gritar “NÃO!” em voz alta, correr imediatamente para um adulto confiável e contar aos pais ou responsáveis exatamente o que aconteceu.
É importante reforçar que sentir medo é natural, mas agir com segurança é mais importante do que tentar ser corajosa sozinha.
Por que seu filho precisa saber essas coisas?
Essas dicas são fundamentais porque ensinam às crianças como agir com segurança em situações de risco, ajudando-as a manter a calma e a tomar decisões conscientes.
Saber chamar os pais, memorizar números e reconhecer adultos confiáveis aumenta significativamente suas chances de ser encontrada rapidamente.
Além disso, essas orientações fortalecem a autoconfiança infantil, mostrando que pedir ajuda é um ato de coragem e que é possível se proteger mesmo quando os responsáveis não estão por perto.
A prática constante transforma prevenção em hábito e segurança em rotina.
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