A alimentação do seu filho merece uma atenção especial, já que durante a infância são formados os hábitos alimentares que ficarão para a vida. Nesse sentido, é fundamental ter cuidado com os nutrientes que selecionamos nos cardápios do dia a dia. A nutricionista e cientista Giliane Belarmino, com 11 prêmios internacionais e 7 nacionais na área da nutrição em mais de 20 anos de carreira, especialista de nutrição infantil da Philips Avent, mãe de Gu e Muri, esclarece os nutrientes que não podem faltar pensando no melhor desenvolvimento cognitivo, motor, emocional e físico do seu filho:
- Ômega-3: presente em peixes como sardinha, e vegetais como linhaça e chia, é benéfico para a visão, concentração e raciocínio lógico.
- Ferro: encontrado em carnes, vegetais de folhas escuras e feijões, é essencial para a imunidade e previne a anemia ferropriva, uma condição que pode afetar o aprendizado das crianças.
- Zinco: presente em peixes, feijão, leite integral e amendoim, fortalece a imunidade e contribui para o desenvolvimento cerebral.
- Vitamina A: presente em alimentos de origem animal como leite, ovos e fígado, e em vegetais de cor amarelo-alaranjada, é essencial para a saúde dos olhos, renovação celular e fortalecimento da imunidade.
- Ácido fólico: imprescindível no início da gestação, mas durante a infância é necessário para a formação e maturação das células sanguíneas e das células de defesa na medula óssea. É encontrado em alimentos como feijões, vegetais verde-escuros, frutas cítricas como a laranja, ovos, fígado, carnes, frutos-do-mar, entre outros. No Brasil, tem-se a fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ácido fólico.
- Vitamina B6: participa do metabolismo de outros nutrientes, além de regular a ação dos hormônios, auxiliar na utilização de vitaminas e atuar na síntese de neurotransmissores. Já a Vitamina B12 é essencial na produção das células, inclusive das células vermelhas do sangue e células neurológicas, e também está presente na formação dos nossos genes. Na infância, com o crescimento há intensa multiplicação celular, tornando essa vitamina primordial. E sua principal fonte alimentar são as carnes e ovos.
- Colina: está presente em alimentos como fígado de frango e de boi, gema dos ovos e bacalhau fresco, com papel essencial na estrutura do sistema nervoso central do bebê e promovem efeitos positivos sobre a função e o desenvolvimento cognitivos verificados ao longo da vida dessa criança.
- Cálcio: encontrado em laticínios, espinafre e sementes como abóbora, girassol e gergelim, é crucial para o crescimento, saúde óssea e dental.
- Vitamina D: encontrada em peixes, cogumelos, laticínios e através da exposição solar, auxilia na absorção de cálcio, no crescimento e na prevenção de doenças, como diabetes.
- Vitamina C: presente em verduras verde-escuras como couve e brócolis, além de frutas como laranja, abacaxi, acerola, morango e goiaba, é fundamental para a imunidade e a absorção de ferro.
A especialista ainda esclareceu que todos os nutrientes são importantes ao longo de toda a infância, mas cada faixa etária tem características próprias e assim uma demanda nutricional específica. Enquanto de 0 a 2 anos é importante seguir com ômega-3, de 2 a 5 anos fontes de cálcio fazem toda a diferença. Entre 6 e 10 anos os carboidratos são importantes fontes de energia para melhorar o desempenho escolar e acima de 11 anos é necessário se atentar ao consumo de alimentos fast-foods. E para incluir os nutrientes acima, a nutricionista ensina quatro receitas para a família toda aproveitar.
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Beijinho de abacaxi – a partir de 6 meses
Ingredientes:
- 1 xícara de chá de abacaxi ralado
- 1/2 xícara de chá de coco fresco ralado para a massa
- 1/2 xícara de chá de coco fresco ralado para a cobertura
Modo de preparo:
- Rale o abacaxi.
- Leve ao fogo até reduzir.
- Acrescente o coco, mexa até misturar e reserve.
- Após esfriar, faça as bolinhas, passe no coco e leve para geladeira para gelar.
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Panqueca
Ingredientes:
- 1 banana madura amassada
- 1 ovo
- 1 xícara de chá de farinha de trigo
- ½ xícara de chá de leite integral
- 1 colher de sopa de azeite
Modo de preparo:
- Misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea.
- Coloque a massa em uma bisnaga para facilitar ou use uma concha para despejar a massa na frigideira.
- Molde as panquecas no formato que preferir e deixe cozinhar até dourar.
Por fim, sirva as panquecas com frutas da sua preferência. Essa receita rende cerca de 4 panquecas médias, dependendo do tamanho que você moldar.
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Pão de mandioquinha sem glúten e sem lactose – a partir de 1 ano
Ingredientes:
- 2 xícaras de chá de polvilho doce
- 1 xícara de chá de polvilho azedo
- 1/4 xícara de chá ou 60ml de água morna
- 1/4 xícara de chá de azeite
- 2 xícaras de chá de mandioquinha cozida e amassada
- 1 pitada de sal e ervas a gosto (alecrim, manjericão ou orégano)
Modo de Preparo
- Em um recipiente, misture todos os ingredientes na ordem descrita acima e amacie com as mãos até obter uma massa homogênea.
- Faça bolinhas e leve ao forno pré-aquecido por 15 minutos ou até dourar levemente.
Você também pode congelar na forma e depois guardar congelado. Do freezer vai direto para o forno.
Rendimento: de 40 a 50 mini pãezinhos
Variações da receita: Você pode substituir a mandioquinha por batata inglesa, batata-doce, mandioca, abóbora.
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Pão de cenoura integral de liquidificador – a partir de 2 anos
Ingredientes
- 2 ovos
- 1/3 xícara de chá de água
- 1/3 xícara de chá de óleo
- 3 cenouras médias raladas
- 1 colher de sopa de margarina
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 2 colheres de café de sal
- 10g de fermento biológico seco
- 5 xícaras de chá de farinha de trigo integral
Modo de preparo
- No liquidificador, coloque 1 ovo, a água, o óleo, as cenouras raladas, a margarina, o açúcar e o sal e bata até obter uma mistura homogênea.
- Coloque a mistura em uma travessa, acrescente o fermento biológico seco e mexa até dissolver
- Vá acrescentando a farinha integral aos poucos e vá sovando com as mãos até a massa desgrudar da mão.
- Cubra com um pano de prato limpo e deixe descansando dentro do forno desligado por 30 minutos.
- Após esse descanso, modele a massa como desejar, cubra novamente com um pano e deixe descansar por mais 40 minutos.
- Depois do descanso, pincele 1 ovo batido em cima de cada pão, salpique gergelim, orégano ou parmesão se desejar e leve ao forno pré aquecido a 180º por 20 minutos.
Dicas para driblar a seletividade alimentar
Nem sempre as crianças são tão receptivas aos novos alimentos. Para esses momentos, Giliane Belarmino dá alguns conselhos para te ajudar e melhorar a aceitação do seu filho. Lembre-se, são raras as mudanças que acontecem do dia para a noite, por isso, a paciência é fundamental.
- Respeite o apetite da criança: se a criança está sem fome, não force uma refeição ou um lanche. Da mesma forma, não a suborne ou pressione a comer determinadas comidas – ou a “limpar o prato” – quando ela disser “estou cheia” ou “estou satisfeita”. Isso poderá apenas desencadear (ou reforçar) uma luta pelo poder sobre o prato. O importante é assegurar que estejam crescendo normalmente. Não espere um padrão homogêneo!
- Não seja um cozinheiro quebra-galho: preparar uma refeição alternativa ou substituir a refeição por leite quando ele rejeita a original poderá promover e reforçar o padrão seletivo. Encoraje-o a permanecer na mesa mesmo que ele não coma – um novo alimento será oferecido na próxima vez.
- Torne a refeição agradável: sirva brócolis e outros vegetais com um molho favorito. Corte os alimentos em vários formatos (estrelas, bolas, bichos, etc), com variedade de cores vivas.
- Inclua seu filho no processo: leve-o ao supermercado, nas feiras ou na padaria, peça que ele o ajude a selecionar frutas, vegetais e outras iguarias saudáveis. Em casa, encoraje-o a lavar os vegetais, mexer molhos ou preparar a mesa.
- Dê o bom exemplo: estudos já comprovaram que os filhos imitam o hábito alimentar dos pais. Portanto, se você tiver restrições a alguns alimentos, aproveite a oportunidade e a boa causa para mudar seus hábitos – você estará fazendo um grande investimento para a consolidação de hábitos saudáveis dos seus filhos, além de ajudar a prevenir doenças da vida adulta.
- Minimize distrações: desligue a TV, celulares e outros jogos eletrônicos durante as refeições. Isso ajudará a criança a focar na comida.
- NÃO ofereça sobremesas como recompensas ou prêmios: barganhar a sobremesa pode transmitir a mensagem equivocada de que as sobremesas são os melhores alimentos, o que aumentará o desejo das crianças por doces.
Introdução alimentar a amamentação
Até os 6 meses de vida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno como único alimento do bebê, a partir dessa data, é possível fazer a introdução alimentar. Porém, até os 2 anos de idade a instituição ainda recomenda a amamentação como complemento.
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