Com apenas 9 anos, João Paulo Guerra Barrera foi premiado pela NASA (agência espacial norte-americana) e pela ESA (agência espacial europeia) graças aos seus esforços na área da Astronomia por meio de uma feira de ciências para crianças.
O jovem desenhou um coletor de lixo espacial e seu projeto agradou muito a banca de cientistas europeus, incentivando ainda mais o seu sonho de se tornar um “engenheiro espacial, engenheiro civil, cientista, inventor e astronauta”, segundo a entrevista que ele deu ao UOL Ciência.
“Estou muito feliz em ganhar mais um prêmio. Eu fiz o desenho porque descobri que tinha muito lixo em volta da Terra. Então criei essa máquina. Eu comemorei muito. Quer dizer, não comemorei muito por fora. Só falei assim “yes, consegui!’. Mas aqui por dentro está uma festa total”, disse João.
A ideia do equipamento surgiu quando ele escrevia o segundos dos três livros que lançou até agora. Sendo que o primeiro foi escrito quando ele tinha apenas 6 anos. A história conta a aventura de 3 crianças que viajam até a Lua em um foguete feito de material reciclado. Não bastando, a história é escrita em português e inglês, já que João foi alfabetizado em inglês quando os seus pais moravam nos Estados Unidos e acabou aprendendo o português sozinho.
Por incrível que pareça, esse não foi o seu primeiro prêmio. Quando tinha 7 anos ele foi considerado a pessoa mais jovem do mundo a receber um prêmio da NASA. Ele também criou um jogo inspirado em seus livros e ganhou o primeiro lugar na categoria “mérito literário”, foi a pessoa mais jovem do mundo a discursar na NAS, o primeiro brasileiro a vencer um concurso mundial da agência estadunidense e como se não bastasse todas essas conquistas, ainda deu uma palestra no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), uma das instituições de ensino mais prestigiadas e importantes do mundo.
Mesmo com tanto sucesso, a mãe diz que todas essas viagens foram custeadas com o dinheiro da família, tanto para fora quanto por dentro do Brasil, onde o jovem visita escolas públicas para distribuir seus livros (gratuitamente) e dar as suas palestras.
“E não foi por falta de procura. Já batemos na porta de várias grandes empresas e órgãos públicos. Eles sempre curtem muito a história do João Paulo, nos parabenizam, pedem para continuarmos com nosso empenho, e só. Acaba sendo até compreensível, pois o Brasil é um país com histórico de negligenciar a educação infantil, tem uma cultura de não valorizar o mérito individual e um claro preconceito em não reconhecer talentos. Como dizia Tom Jobim, sucesso no Brasil é uma ofensa pessoal”, acrescentou.
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