Sempre ouvimos o quanto é difícil e longo o processo de adoção. Só no Rio Grande do Sul, já são mais de 5,5 mil pessoas inscritas que querem se tornar pais adotivos, mas porque será que os números das crianças parecem nunca diminuir? O grande problema são as exigências do casal. Dependendo do que for pedido, por exemplo, distinção de idade, cor ou condição de saúde, o tempo pode reduzir ou aumentar bastante.
Existem casos como o de Ana Paula Olympio e da esposa Fernanda Voltz dos Santos que duraram bem menos do que o tempo normal. As duas são mães de João Mateus, 13 anos. “Levou um ano entre entrevista, cursos no fórum, entrevista com psicólogo, assistente social, até sair a sentença”, conta Ana. Nunca dava certo, então Anna sugeriu que procurassem por crianças mais velhas “Um dia a Ana chegou em casa e eu disse pra ela ‘vamos mudar o perfil’, porque a gente têm muito amor pra dar e não necessariamente tem que ser uma criança de até cinco anos de idade. Aí decidimos mudar a idade porque já estávamos esperando praticamente um ano e meio”, comenta. Essa mudança fez com que o casal demorasse três dias para encontrarem o filho. “Eu senti felicidade, eu vi que essa ia ser minha família”, diz o garoto.

“O João veio só pra mostrar para gente que estamos no caminho certo. E quebrar esse, não diria preconceito, mas o medo das pessoas que tem que ser um bebê, tem que ser a criança pequena pra começar tudo, não é assim na verdade todos eles tem amor pra dar para gente”, completa Ana.
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