É normal que algumas crianças se sintam desconfortáveis em situações novas ou que as coloquem como centro das atenções. A timidez não é uma doença e, em muitos casos, é apenas mais uma característica da personalidade de uma pessoa. Ou seja, ela só é um problema quando é excessiva e prejudica o desenvolvimento ou a capacidade de estabelecer relações sociais.
Se seu filho tem muita dificuldade em fazer amigos ou medo de tirar dúvidas em sala de aula, isso pode impedir que ele consiga brincar ou falar com outras crianças, interferir na capacidade de aprendizado e até causar sofrimento. Mas você pode ajudá-lo. A psicóloga e psicopedagoga Cynthia Wood, mãe de Fabrizzio, explica que às vezes o comportamento dos pais em relação aos filhos faz com que eles desenvolvam ainda mais a insegurança, reforçando a timidez.
“Pais muito rígidos e exigentes podem contribuir para o desenvolvimento da timidez”, aponta a especialista. Isso acontece porque o exagero na hora de repreender a criança quando ela faz algo inapropriado pode fazer com que ela se retraia. Isso não significa que você não deve dar bronca no seu filho quando necessário, mas que deve tentar estabelecer um equilíbrio na maneira como faz isso.
A superproteção também pode ser um erro, pois a criança tem mais dificuldade de resolver os próprios problemas. “Crianças que são superprotegidas também têm dificuldades, já que perdem a capacidade de encarar a frustração e tendem a se isolar socialmente para não sofrerem decepções”, afirma Elizabete Duarte, psicopedagoga e mãe de Camilla e Willian.
O que fazer
Você pode contribuir positivamente de várias maneiras. Mas, se você perceber que mesmo assim seu filho está encontrando dificuldades, não hesite em procurar a ajuda de um profissional como psicólogo ou pediatra. Veja algumas dicas das especialista sobre o que pode ser feito por você:
- Encoraje o convívio com outras crianças em parques, clubes, festas infantis e todos os lugares com pessoas da mesma idade para interagir.
- Aguce a curiosidade da criança: antes de ir a algum local, fale quem vai estar lá e o que vai ter de interessante, para segura e curiosa para explorar o lugar e a situação.
- Elogie sempre que seu filho conseguir ir a algum lugar novo e interagir com outras crianças. Não critique se ele ficar com medo.
- Incentive a ajudar os outros: Quando você envolve a criança na realização de pequenas tarefas para alguém que esteja precisando, ela se sentirá útil, valorizada e menos inibida.
Consultoria: Cynthia Wood Passianotto, psicóloga e psicopedagoga do Crescendo e Aprendendo e mãe de Fabrizzio.
Elizabete Duarte, psicopedagoga, coordenadora do Colégio Nossa Senhora do Morumbi e mãe de Camilla e Willian.