Precisando impedir que seu filho bata em outras pessoas? Segundo a Parents, é muito comum que crianças entre 1 e 2 anos passem por uma fase de maior agressividade e isso inclui bater, empurrar ou até morder.

Embora seja angustiante ver seu filho bater em outra criança, esse comportamento raramente significa que ele se tornará agressivo no futuro.

Na maioria das vezes, é apenas uma etapa do desenvolvimento. Especialistas explicam que as crianças ainda não têm vocabulário, maturidade emocional e habilidade de autocontrole suficientes para lidar com frustração.

Por isso, elas usam o corpo para se comunicar, pedir ajuda, defender o espaço ou extravasar emoções que nem conseguem nomear.

A boa notícia: existem caminhos muito positivos e realistas para ajudar as crianças nessa fase.

Por que crianças pequenas batem?

Antes de agir, é importante entender as raízes desse comportamento.

Quase sempre, os motivos são inocentes e ligados ao desenvolvimento infantil.

Crianças ficam com fome, cansadas, entediadas ou sobrecarregadas. Porém, sem vocabulário suficiente, o corpo vira a forma mais rápida de comunicar frustração.

Às vezes, bater é o único jeito que elas encontram de dizer: “Eu não gostei disso”.

Seu filho pode bater, por exemplo, ao ter o brinquedo tomado ou ao sentir seu espaço invadido, principalmente porque nem sempre a outra criança entende seus pedidos de “para” ou “é meu”.

E, no fim de um dia cheio, até adultos perdem a paciência. Com crianças pequenas, isso é ainda mais comum.

10 estratégias para impedir que seu filho pequeno bata

Agora que você já entende o comportamento, veja formas acolhedoras e eficazes de lidar com ele no dia a dia.

1. Intervenha imediatamente e com calma

Aja no momento, mas sem brigar: agache até ficar na altura da criança, olhe nos olhos e diga com firmeza e gentileza: “Você pode ficar bravo. Mas bater não pode.”

Valide o sentimento sem permitir o comportamento.

Explicações longas só confundem e podem reforçar a agressão como forma de chamar atenção.

Se bater de novo, afaste a criança da situação e, se necessário, segure suas mãos com suavidade: “Eu não vou deixar você bater.”

2. Identifique o gatilho

Observe o que gerou a agressão: fome, cansaço, frustração ou espaço invadido?

Ajude a criança a verbalizar: “Você queria o brinquedo.” “Você ficou irritado quando empurraram você.” E ofereça a palavra certa: “Diga água”, “Diga quero ajuda”, “Diga meu brinquedo”.

3. Antecipe situações de conflito

Alguns momentos são previsíveis:

• quando a criança está com sono
• quando está com fome
• quando precisa dividir brinquedos
• quando tem dificuldade com transições.

Planeje antes: leve lanches, explique o que vai acontecer e esconda brinquedos disputados antes da visita.

4. Evite perder o controle

Algumas crianças percebem que uma grande reação gera atenção. Se você explode, pode reforçar o comportamento. Respire fundo e mantenha o tom calmo.

5. Mostre empatia

Nomear as emoções ajuda muito: “Você ficou bravo porque pegaram seu ônibus amarelo.” “Você está frustrado porque não pode subir na mesa.”

E elogie quando a criança tiver atitudes gentis: “Você esperou a sua vez, isso foi muito legal.”

6. Explique como o outro se sentiu

Crianças pequenas ainda não entendem bem o impacto das próprias atitudes.

Diga algo simples: “O Sam ficou triste. Isso machucou.” E complete: “Se você está com dificuldade, eu posso ajudar.”

7. Pratique resolução de conflitos brincando

Use bonecos, fantoches ou até objetos simples. Mostre como pedir algo: “Esse é meu brinquedo. Pode devolver, por favor?”

Também ensine quando procurar um adulto. Repetir isso em momentos tranquilos faz a diferença.

8. Use distrações inteligentes

Se a disputa está escalando, ofereça outro brinquedo, mude o ambiente ou proponha uma atividade nova. Às vezes, mudar o foco resolve tudo em segundos.

9. Monitore o que a criança assiste

Até desenhos aparentemente inofensivos podem ter violência. Crianças expostas a esse tipo de conteúdo tendem a imitar comportamentos agressivos.

10. Nunca bata como forma de disciplina

Além de não ensinar autocontrole, isso confunde a criança, que escuta “bater não pode” e depois é punida com tapas.
Para especialistas, a palmada não é adequada — principalmente antes dos 3 anos.

E lembre-se: por mais desconfortável que seja passar por essa fase, a agressividade infantil geralmente é temporária e não significa que algo está “errado” com seu filho.

Com apoio, limites firmes e presença emocional, ele vai aprender a expressar sentimentos de forma mais madura. Sim, as birras são parte do pacote e são totalmente normais entre 1 e 3 anos de idade.

Repreenda e ensine, com calma, que isso é errado. Com o tempo, ele aprende que existem outras formas de lidar com a raiva.

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