De acordo com a Parents, cada vez mais crianças estão usando chatbots e ferramentas de inteligência artificial para buscar companhia, resolver dúvidas e até desabafar.
E, embora a tecnologia faça parte da nossa rotina, o uso excessivo da IA pode se tornar problemático, especialmente quando passa a substituir as conexões reais.
Um estudo do Common Sense de 2024 aponta que 7 em cada 10 crianças e adolescentes usam pelo menos um tipo de ferramenta de IA generativa, mas apenas 37% dos pais têm conhecimento disso.
Especialistas explicam que o chamado “vício em IA” não é um diagnóstico clínico, mas sim um uso problemático, semelhante ao uso excessivo de redes sociais.
O ponto-chave é quando a tecnologia começa a atrapalhar a vida fora das telas.
O que é o vício em IA e por que isso importa?
Chatbots são criados para manter o usuário engajado.
No geral, as inteligências artificiais fazem perguntas, puxam novos assuntos, oferecem validação constante e parecem estar sempre disponíveis.
Para crianças que vivem uma fase marcada pela busca de autonomia, privacidade e acolhimento, isso pode ser especialmente tentador.
O problema é que essas plataformas não são projetadas pensando na saúde emocional dos jovens, mas sim em mantê-los conectados o maior tempo possível.
Segundo especialistas, o uso se torna preocupante quando a criança:
- Perde o controle sobre o tempo gasto;
- Sente ansiedade ou irritação ao tentar ficar longe da IA;
- Abandona atividades, convivências e responsabilidades para permanecer online.
Esse padrão é muito semelhante ao vício em mídias sociais, por exemplo, o que reforça a necessidade de atenção por parte dos pais.
Principais sinais de alerta para observar
De acordo com psiquiatras e especialistas em comportamento infantojuvenil, o uso da IA se torna um problema quando começa a prejudicar a capacidade da criança ou adolescente de funcionar bem no dia a dia.
Alguns sinais importantes incluem:
- Afastamento de amigos e isolamento social
- Mudanças no comportamento familiar
- Desinteresse por hobbies e atividades que antes gostava
- Alterações de sono ou alimentação
- Queda no desempenho escolar
- Ansiedade quando não consegue acessar a internet
- Oscilações de humor ou mudanças bruscas de comportamento
Esses sinais indicam que a IA pode estar preenchendo um espaço emocional que deveria ser mediado por convivência real, suporte familiar ou acompanhamento profissional.
Quem corre mais risco e por quê?
Nem toda criança usa a IA da mesma forma.
Fatores como temperamento, neurodiversidade, saúde mental, histórico de vida e suporte familiar podem influenciar a maneira como o jovem se relaciona com a tecnologia.
Especialistas alertam que o risco é maior para quem:
- sente isolamento social;
- enfrenta ansiedade ou depressão;
- tem TDAH ou outras condições que aumentam impulsividade;
- lida com baixa autoestima ou dificuldades nas relações.
Os chatbots podem parecer uma fonte de apoio emocional constante para crianças que passam por essas situações, já que não exigem reciprocidade, não expressam frustração e sempre respondem com validação.
Mas essa “amizade” não é real e pode aprofundar a solidão em vez de aliviar.
O que os pais podem fazer?
Pergunte como seu filho usa a IA, o que ele procura, o que sente durante e depois das conversas. Evitando julgamentos, afinal, assim como em qualquer tecnologia, é importante definir regras: quando pode usar, por quanto tempo e para quais finalidades.
Mas caso o vício em IA esteja interferindo na rotina e no bem-estar, conversar com pediatra, psicólogo ou escola pode trazer estratégias mais eficazes e acolhedoras.
A desconexão não acontece da noite para o dia. É um processo que exige diálogo, compreensão e limites construídos com afeto. Com apoio e orientação, as crianças conseguem desenvolver um relacionamento mais saudável com a tecnologia.
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