Os dentes de leite e os definitivos são formados ainda durante a gestação, mas uma alteração genética pode interferir neste processo. A agenesia é definida como a diminuição numérica de dentes na arcada.
A falha genética não é considerada uma doença, mas afeta a formação de um ou mais dentes da pessoa, principalmente dos incisivos laterais superiores e os segundos pré-molares inferiores.
O diagnóstico é feito a partir da suspeita clínica, quando os dentes atrasaram para sair, sejam os de leite ou definitivos. A agenesia é confirmada por exame radiográfico, pedido pelo dentista do pequeno.
Ainda não há uma causa precisa para a agenesia. Sabe-se que ela está relacionada principalmente a fatores hereditários, mas os especialistas ainda acreditam que a alimentação da criança, quadros infecciosos ou traumas também influenciem o quadro.
A agenesia não causa problemas físicos ao pequeno e nem atrapalha o desenvolvimento da fala. Mas quando o diagnóstico é feito, a criança deverá ser acompanhada por especialistas para evitar que a língua e os tecidos circundantes da boca atrapalhem a emissão de alguns fonemas.
O tratamento mais comum em casos de agenesia é a colocação de próteses, com ou sem implante, no lugar do dente que falta. A idade e o começo do tratamento variam de acordo com o desenvolvimento da criança, mas deve-se aguardar o crescimento completo esquelético da pessoa, por volta dos 18 anos, para a colocação dos implantes definitivos.
Quando a agenesia é descoberta antes da queda do dente de leite, é possível mantê-lo por um longo período, mas apenas como uma solução temporária. Em algum momento, a raiz do dente de leite sofrerá atrofias e perderá a sustentação.
Quem tem agenesia não, necessariamente, terá um filho com o mesmo problema, mas existe a possibilidade, já que a falha é hereditária.
Consultoria: Daniel Korytnicki, pai de Marcos e Andrea, é odontopediatra.
