
Embora não seja a via principal de contaminação, o coronavírus é eliminado pelas fezes e urina e esse material pode ser fonte de infecção. Segundo um estudo publicado na revista Nature, há indícios dessa possibilidade, principalmente nos casos entre crianças.
“Em dez casos pediátricos de infecção, os sintomas eram inespecíficos e nenhuma criança necessitava de suporte respiratório ou terapia intensiva. Oito crianças persistentemente testaram positivo, mesmo após o teste nasofaríngeo ser negativo, aumentando a possibilidade de transmissão fecal-oral”, diz o estudo.
Outro estudo feito na China e publicado na revista especializada JAMA analisou 1.070 amostras biológicas de 205 pacientes infectados que, em média, tinham 44 anos de idade. A maioria dos pacientes apresentava febre, tosse seca e fadiga como sintomas. “É importante ressaltar que o vírus vivo foi detectado nas fezes, o que implica que o Sars-CoV-2 pode ser transmitido pela via fecal”, disseram os cientistas.

Atenção para os bebês e crianças
O cuidado com a higiene de bebês e crianças deve ser redobrado em tempos de coronavírus. Por não saberem se limpar da forma certa ou ainda usarem fraldas, as crianças podem contaminar outras pessoas através do contato com as fezes.
Por mais que não façam parte do grupo de risco e apresentem poucos sintomas quando infectadas pelo coronavírus, as crianças podem ser vetores de transmissão: o vírus pode não se manifestar, porém ser passado adiante.
Além de incentivar o seu filho a higienizar as mãos após ir ao banheiro, é importante que os pais também tenham cuidado no momento da troca da fralda e ao limpar as crianças no banheiro — sempre lave as mãos com água e sabão logo após esse contato.
O descarte das fraldas também merece atenção: isole muito bem todos os materiais de higiene usados da hora da troca das fraldas, como lenços umedecidos, algodão ou cotonete, e leve-os imediatamente ao lixo.
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