Publicado em 11/07/2020, às 12h34 - Atualizado em 03/03/2023, às 12h24 por Redação Pais&Filhos
A tecnologia mudou a forma como nos relacionamos com o mundo e com as outras pessoas. Agora, o que precisamos pensar é: nossos filhos já nasceram nesse meio, cercados de eletrônicos e conectados com o mundo digital. Eles não passaram por tudo aquilo que a gente viveu. Hoje é tudo mais rápido e direto. O mundo da comunicação mudou e fechar os olhos para isso seria um erro. Não podemos negar a existência da tecnologia e colocar nossos filhos em uma redoma de vidro, mas também o uso totalmente liberado dela não é considerado saudável pela maioria dos especialistas. Como encontrar o caminho do meio, sendo que a era digital parece invadir cada vez mais as casas? Como equilibrar o uso? Calma, a gente te ajuda.
As crianças do século 21 se entendem muito bem com qualquer eletrônico que seja dado a elas. Segundo números apresentados pela Vivo, 89% delas, mesmo que de diferentes classes sociais, usam a internet no Brasil. Elas administram qualquer função e vão atrás de seus interesses na web. Mas é aí também que mora o perigo. “ O que mudou é que o acesso à internet as conecta imediatamente a muitos tos usuários e experiências, sem que estejam devidamente orientadas sobre os riscos”, explica Ivanice Cardoso, mãe de Helena e Beatriz, advogada especializada em direito digital e nossa super colunista.Ou seja, as tecnologias precisam ser explicadas antes de serem entregues às mãos do filho para funcionarem bem.
Mas não é bem isso que os números mostram: 42% das crianças aprenderam a usar a internet sozinhas, enquanto o restante teve algum auxílio de amigos ou irmãos, segundo um estudo comportamental elaborado pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). E essa realidade está longe de ser o ideal. O mundo digital pode ser tão perigoso quanto a vida real, então, instrução é mais do que necessário.
O que a criança pode encontrar nas inúmeras páginas que abrem na rede deve ser algo a ser pensado antes de qualquer coisa. E essa preocupação não é em vão. O Google está mais do que ligado nessas questões e indica alternativas aos pais. “Temos um programa, o Seja Incrível na Internet, que é voltado a ajudar pais e educadores a ensinar as crianças a explorar a internet de uma maneira segura, consciente e responsável”, explica Viviane Rozolen, mãe da Ana Beatriz, e especialista em educação de usuários em segurança online no Google Brasil. No site que ela indica, é possível encontrar dicas, atividades e ferramentas.
Controlar o uso dos eletrônicos em casa pode ser uma tarefa árdua, mas necessária. E ser radical e proibir completamente não é um movimento bom e nem recomendado. “Não acreditamos na proibição total, pois a criança vai acabar tendo contato com a tecnologia em algum momento, mesmo que seja fora de casa, seja na escola ou com amigos”, comenta Viviane, do Google. Mas, como tudo na vida, o uso das telas e do mundo digital precisa ter um limite. Para começo de papo, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que antesdos dois anos a criança não tenha nenhum contato com telas, até os cinco, no máximo uma hora por dia, e até os 12, o tempo é de até duas horas. “Assim como acontece com a comida, a brincadeira, o estudo ou o sono, se vividos em excesso ou de maneira não adequada para a idade da criança, acabam fazendo mal mesmo”, acrescenta Ivanice.
Por isso, a dica é que juntos vocês encontrem o melhor caminho. Para te ajudar, a especialista indica começar com perguntas simples como: o conteúdo está de acordo com os valores da sua família? Tem classificação etária? A criança vai ter que mentir (a idade, por exemplo) para usar? Está substituindo algo ou atrapalhando a vida da criança? Tudo deve ser pensado com atenção e acima de tudo, reconhecer que as tecnologias são apenas ferramentas, e não extensões da vida. “É possível fazer um uso bastante positivo da web, como para aprender coisas novas, se informar, estudar e manter contato com familiares e amigos. E entendemos que o limite é uma decisão de cada família, que deve ajudá-las a criar hábitos digitais saudáveis”, comenta Viviane.
“Se compararmos com dez anos atrás, as crianças tinham outros hábitos e opções de entretenimento”, observa Nathalia Pontes, filha de Arlete e Benedito, coordenadora de pesquisa e desenvolvimento educacional na PlayKids. Então, lembre-se: quando o assunto é tecnologia, somos todos aprendizes inclusive quem as faz! Elas mudam e se atualizam o tempo todo, então é importante que você acompanhe e instrua seu filho sempre que necessário. “As tecnologias derrubaram muitas barreiras, como as geográficas. E isso é muito legal, mas não podemos esquecer que as crianças precisam ser estimuladas nas habilidades humanas – aquelas que não podem ser replicadas por um computador ou robô”, indica Ivanice.
E isso também depende de você – ou melhor, do seu exemplo. Um estudo feito pela AVG, empresa de segurança online, mostrou que 42% dos filhos se sentem trocados pelos smartphones. Ou seja, não adianta exigir limite do seu filho se o tempo que você passa com ele é conectado às telas. Tenha em mente que as crianças são esponja dos pais, e tendem a imitar o comportamento. Uma dica bacana é criar regras que façam sentido na sua casa. Pode ser uma cesta dos celulares durante as refeições, pode ser um horário marcado para ficar “offline” ou o que a imaginação de vocês permitir.
Parte importante para que o relacionamento entre pais e lhos funcione é a conversa sincera, e isso vale em qualquer fase da vida. “O acompanhamento dos pais e o canal de comunicação sobre o uso da tecnologia é fundamental para que as crianças estejam seguras e saibam usar de forma correta as plataformas digitais”, considera Nathalia, da PlayKids. Ouvi-lo contar sobre as aventuras online fará com que ele se sinta acolhido e, assim, os pais podem ter uma proximidade e um controle muito maior sobre o que o lho faz quando está conectado. “Diálogo e orientação são essenciais. mas quando a questão é segurança e bem-estar das crianças é ‘papo reto’, sem floreios. Assim como damos orientação quando vamos ao shopping, é direito da criança saber quais são os seus riscos online”, indica a advogada especialista em direito digital. Ou seja, a chave do negócio é o acompanhamento dos pais. Ou seja, a vida digital do seu lho só depende de você! “Quando os pequenos sentem que estão em um ambiente acolhedor e seguro, fica mais fácil que eles criem discernimento e contem quando algo impróprio é apresentado”, acrescenta Nathalia.
Nasce um filho e nascem muitos desafios, e o controle e segurança online é apenas mais um deles. “Não dá pra evitar a vida digital e ela pode ser excelente para todos, desde que as crianças sejam ensinadas. Mas pra oferecer a melhor orientação para elas precisamos, primeiro, nos orientar” diz Ivanice. É aquele papo de sempre: a informação é a melhor ferramenta para tomar decisões – e isso pode ser diferente para cada família, afinal, cada um tem seu jeito. “O uso positivo e consciente pode criar cidadãos mais curiosos, com senso crítico mais aguçado e ávidos pela busca de informações de qualidade”, acrescenta Viviane. Como tudo na vida, a tecnologia pode ser usada para o bem e o mal, por isso temos o compromisso de guiar as crianças nessa jornada digital. “O segredo está em entender que é uma ferramenta e, assim como todas as outras, depende do uso que nós vamos fazer dela. A tecnologia não é começo e nem o fim, ela é um meio incrível”, finaliza Nathalia.
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