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Celebrado em 15 de fevereiro, o Dia Internacional do Câncer na Infância tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre o impacto do câncer em crianças e adolescentes, além de reforçar a importância do diagnóstico precoce e do suporte adequado durante o tratamento. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é uma das principais causas de morte entre crianças e adolescentes, com mais de 400 mil novos casos diagnosticados anualmente em todo o mundo. Embora o cenário seja desafiador, as chances de cura aumentam consideravelmente quando a doença é detectada e tratada nos estágios iniciais.
Essa data também é uma oportunidade para sensibilizar a sociedade e os governos sobre a necessidade de investir em políticas públicas, como ampliação de programas de diagnóstico precoce, capacitação de profissionais de saúde e acesso a tratamentos modernos e eficazes.
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Câncer infantil: quais são os tipos mais comuns
Os cânceres que afetam crianças e adolescentes são diferentes dos que acometem adultos. Entre os tipos mais comuns estão:
- Leucemias: afetam o sangue e a medula óssea e representam cerca de 30% dos casos de câncer infantil.
- Tumores no sistema nervoso central: como o meduloblastoma, são a segunda forma mais frequente, com sintomas como dores de cabeça persistentes e alterações neurológicas.
- Linfomas: divididos em linfoma de Hodgkin e não Hodgkin, afetam o sistema linfático, provocando inchaço nos gânglios linfáticos e febre constante.
- Neuroblastoma: surge no sistema nervoso periférico, comumente no abdômen, e é mais frequente em crianças menores de 5 anos.
- Tumor de Wilms: um câncer renal que geralmente atinge crianças pequenas.
- Retinoblastoma: afeta os olhos, sendo detectado muitas vezes por um reflexo esbranquiçado na pupila.
Cada tipo de câncer possui características próprias, mas é fundamental que os pais estejam atentos a sinais incomuns para buscar ajuda médica o quanto antes.
Sinais de alerta que não podem ser ignorados
Embora os sintomas do câncer infantil possam ser confundidos com outras doenças comuns, é importante observar sinais como:
- Febre persistente sem causa aparente
- Cansaço excessivo ou falta de energia
- Dores de cabeça frequentes acompanhadas de vômitos
- Perda de peso inexplicável
- Dores ou inchaço nos ossos e articulações
- Manchas roxas ou sangramentos incomuns
- Protuberâncias ou caroços no corpo, principalmente no abdômen
- Alterações na visão, como o reflexo esbranquiçado na pupila
Caso qualquer um desses sinais persista, é essencial buscar orientação médica. O acompanhamento regular com o pediatra é uma ferramenta importante para identificar alterações no desenvolvimento infantil e investigar possíveis problemas de saúde.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce é um dos fatores que mais influenciam no sucesso do tratamento do câncer infantil. Estudos apontam que as chances de cura podem ultrapassar 80% quando a doença é detectada nos estágios iniciais. Além disso, a detecção precoce permite o uso de tratamentos menos agressivos, reduzindo o impacto na qualidade de vida da criança.
O Brasil possui iniciativas como o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), que busca fortalecer o atendimento e diagnóstico de pacientes oncológicos. No entanto, ainda há desafios, como a desigualdade de acesso aos serviços de saúde, que pode atrasar a identificação da doença em algumas regiões.
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O apoio da família durante o tratamento
Além do diagnóstico e do tratamento médico, o suporte emocional da família desempenha um papel essencial no enfrentamento do câncer infantil. Crianças que se sentem amadas e acolhidas costumam lidar melhor com os desafios do tratamento, que pode incluir quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, cirurgias.
É importante que a família mantenha uma comunicação aberta e busque informações claras sobre a doença, criando um ambiente de segurança e confiança para a criança. Contar com redes de apoio, como associações e grupos de ajuda, também pode auxiliar no enfrentamento das dificuldades emocionais e práticas do dia a dia.
O papel da sociedade na conscientização
O Dia Internacional do Câncer na Infância é um momento de reforçar que a conscientização não é apenas responsabilidade das famílias. Campanhas educativas em escolas, hospitais e comunidades podem ajudar a disseminar informações sobre os sintomas e a necessidade de diagnósticos precoces. Além disso, o investimento em políticas públicas de saúde, como maior acesso a exames e tratamentos, é fundamental para reduzir os índices de mortalidade associados à doença.
Com um esforço conjunto entre famílias, profissionais de saúde e sociedade, é possível oferecer às crianças diagnosticadas com câncer a chance de viver e se desenvolver plenamente.