Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 32 milhões de crianças vivem com alguma perda auditiva incapacitante. Por isso, detectar precocemente problemas de audição é importante para que não haja prejuízos para o desenvolvimento e para as habilidades sociais.
Segundo Fayez Bahmad, médico otorrinolaringologista, doutor em distúrbios da audição pela Harvard Medical School, e professor da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, a surdez tem várias causas, dentre elas, as mais comuns são: origem infecciosa, de doenças como sarampo, caxumba, meningite viral e bacteriana, por exemplo; fatores genéticos e causas traumáticas, como um acidente. Além disso, bebês que nascem prematuros podem evoluir com perda auditiva.
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Porque as dificuldades para aprender estão relacionadas a problemas de saúde
Para o especialista, pais e professores podem ficar atentos a alguns sinais que ajudam a detectar possíveis problemas de audição. Crianças com perda auditiva geralmente manifestam dificuldade de compreensão, falta concentração na sala de aula, baixo rendimento escolar, ficam mais dispersas e possuem alguma alteração de linguagem e distúrbios de fala.
“O ideal é que toda criança em idade escolar possa realizar um exame de audiometria anualmente”, diz o Dr. Fayez. Após a consulta com o médico, se houver suspeita de problemas, o paciente é submetido a um exame de audição, chamado audiometria, para diagnosticar o grau da perda auditiva. Dependendo do grau, o tratamento varia desde um aparelho de audição até um implante para substituir o órgão auditivo em casos mais graves.
Crianças ou adultos não tratados acabam ficando desconectados do seu ambiente de trabalho ou estudo e convívio social, pois perdem a capacidade de dialogar ou compreender o que as pessoas ao redor falam, fazendo com que ocorra um isolamento.
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O médico também explica que uma das principais doenças modernas é a perda auditiva provocada por ruídos intensos. Portanto, as crianças devem evitar o uso de aparelhos sonoros com intensidade de áudio muito alta. Além do exame para diagnóstico, essa é a principal medida de prevenção.