Ao perceber um inchaço incomum no seu filho, principalmente no rosto, membros inferiores e abdome, você deve leva-lo ao médico, pois esse é um dos principais sintomas da Síndrome Nefrótica. A síndrome não é classificada como uma doença, mas sim um conjunto de sinais e sintomas, como perda de proteína na urina, edemas e hipoalbunemia (diminuição da albumina no sangue). Outro sintoma da doença é a urina espumosa ou com sangue, por isso a importância que os pais fiquem atentos caso notem um dos outros sinais.
Leia o depoimento de Daniela Kanaoka, mãe de Sara, que tema síndrome na Pais & Filhos de maio, já nas bancas!
A síndrome tem duas causas: primária, quando não está associada a nenhuma doença; e secundária, quando o paciente tem alguma doença como diabetes, lúpus ou tumores que acarretam na síndrome. O rim não consegue segurar mais a albumina do sangue e ela acaba sendo eliminada pela urina, como essa proteína é a responsável por controlar o volume de líquidos nos vasos, a pessoa fica inchada, fazendo com que os médicos logo suspeitem e peçam o exame de 24 horas de dosagem de urina.
Em crianças, 80% dos casos têm causas primárias que pode ser causada por um fator autoimune ou ter relação até mesmo com fatores genéticos. “A boa notícia é que crianças respondem muito bem ao tratamento feito com corticóides, e muitas vezes o médico não precisa nem mesmo fazer a biópsia do rim, já consegue identificar e tratar”, explica a nefrologista responsável pelo núcleo de rins do Hospital 9 de Julho, Maria Alice Fernandes, filha de Flávio e Luiza.
A síndrome pode também acontecer durante a gestação, neste caso é ainda mais importante atenção dos médicos e do paciente já que a perda de proteína na gravidez pode ser um sinal de pré-eclâmpsia.
Tratamento
Segundo Maria Alice Fernandes, o tratamento deve ser feito conforme a doença que gerou a síndrome, como corticoides em doses elevadas ou imunossupressores. “Cada doença leva um tipo de agressão e, conforme o achado nos exames, iniciamos o tratamento”.
E atenção, pacientes que ignorarem o quadro podem sofrer mais tarde com perda de função do rim, desenvolvendo insuficiência renal crônica e depender de tratamento dialítico.
Consultoria
Maria Alice Fernandes, filha de Flávio e Luiza, nefrologista responsável pelo núcleo de rins do Hospital 9 de Julho.