Segundo um estudo realizado no Canadá, crianças que não apanham dos pais tem menos propensão de ficarem violentas. No total, aproximadamente 400 mil adolescentes foram estudados em 88 países e, naqueles que proíbem os pais de baterem em seus filhos têm menor incidência de violência entre jovens.
Cientistas da Universidade McGill, em Montreal, publicara na terça-feira (16) o artigo em que tentam entender a relação entre brigas na juventude e o uso da força física dentro de casa. A conclusão foi que países onde a punição física de crianças é proibida registram-se, em média, 31% menos casos de brigas entre jovens meninos e 42% menos no caso de meninas. A comparação foi feita com países que permitem a prática, seja na escola ou em casa.
Em países onde a proibição é parcial (apenas em casa), os índices de brigas entre jovens se assemelha aos dos países onde não há qualquer lei vetando esse tipo de prática. Apenas a incidência de brigas entre meninas foi menor do que em nações que liberam o castigos em qualquer situação.
“O que podemos dizer é que países que proíbem o uso de castigos corporais são menos violentos para crianças crescerem do que os países que não o fazem”, afirma Frank Elgar, do Instituto de Saúde e Política Social da McGill, principal autor do estudo. Os resultados continuaram valendo mesmo depois de considerarem renda per capita da população, taxas de homicídio e programas de educação aos pais para prevenir maus-tratos à criança.
Os dados foram coletados por pesquisas internacionais sobre o comportamento de crianças em idade escolar, incluindo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Dentre os países, 30 proíbem castigos físicos em qualquer circunstância (sendo a maioria na Europa), 38 tem proibição parcial (entre eles China, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido) e 20 países que liberam a prática (de Myanmar às Ilhas Salomão).
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